Cid nega rompimento com Elmano e diz que nova Mesa representa "proporção de partidos"

Questionado sobre como fica o trato com o governo estadual, o senador disse que "é uma boa relação" e rechaçou ter dito o contrário

O senador Cid Gomes (PSB) negou que tenha rompido com o governador Elmano de Freitas (PT) e que articulou mudança de nomes para assumir a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Nesta terça-feira, 3, em Brasília, o parlamentar fez a primeira manifestação pública após o desfecho das articulações para a mesa diretora e afirmou que a troca de Fernando Santana (PT) por Romeu Aldigueri (PDT) foi uma decisão tomada pela Casa ouvindo Elmano, Camilo Santana (PT) e ele.

"O que aconteceu na Assembleia, a meu juízo, foi você fazer representar-se na mesa diretora a proporção dos partidos. O PDT é o partido que tem a maior quantidade de deputados e, por conta disso, ficou na presidência. Eu acho que isso é bem razoável. Mas, não é vitória de ninguém", afirmou Cid após reunião sobre emendas parlamentares, na qual Elmano também participou.

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Questionado sobre como fica o trato com o governo estadual, o senador disse que "é uma boa relação" e rechaçou ter dito o contrário. "Você ouviu alguma declaração minha? Você só pode dizer que uma coisa aconteceu quando você tem uma declaração da pessoa. Eu nunca falei que rompi, que estava rompendo minha relação com Elmano. Nunca falei isso. Eu me manifesto sobre o que eu penso publicamente".

Cid, na ocasião, reforçou que a configuração da mesa diretora para o biênio 2025-2026 representa os partidos aliados ao Executivo cearense e considerou não haver novidade na definição. "Eu acho que, se você tem um arco de alianças de uma composição partidária, a meu juízo, é impositivo que os partidos tenham, na proporção dos seus tamanhos, participações nas definições, nas decisões, em espaços de representação. Para mim, isso é uma obviedade. Não tem nada de novo, de inusitado no meu pensamento".

Elmano: tranquilidade continua

Presente à reunião, o governador Elmano reafirmou declaração de Cid, dizendo que a "a situação continua tranquila". Apesar de considerar se tratar de "uma aliança sólida", o petista pondera que ela também é ampla. Por essa razão, para ele, é "natural", que em algum momento se tenha "pensamento distinto".

"Nós fizemos uma decisão que mantém nossa aliança firme e querendo poder avançar. Nós temos entregas muito importantes do Estado do Ceará, mas é muito importante que o nosso projeto esteja unido. Eu acho que isso é o que importa e a votação que a nossa força política construiu na Assembleia, inclusive com a participação de oito partidos, com a participação da oposição na mesa diretora, com três mulheres", disse Elmano, ao dar os parabéns pela composição "eclética".

Para o governador, não se trata de uma representação da base do governo, "mas uma mesa de todas as forças políticas que decidiram integrar a mesa diretora". Indagado se o resultado é uma vitória do senador e do Governo do Ceará, o petista respondeu que "não". "Não teve disputa. 44 [favoráveis], um voto contra e uma abstenção", encerrou Elmano.

Com informações de João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília

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