Aldigueri vê "caminho natural" em ida de deputados do PDT para o PSB; Oriel deve ir para o PT

Presidente eleito da Alece, Romeu Aldigueri destaca que base cidista do PDT "em grande maioria irá para o PSB" e descarta filiação ao PT

Romeu Aldigueri, presidente eleito da Assembleia Legislativa do Estado Ceará (Alece) para o biênio 2025-2026 e atual líder do governo Elmano na Casa, reforça “o caminho natural” dos deputados da base cidista em deixar o PDT e acompanhar o senador Cid Gomes no PSB, em entrevista aos jornalistas Jocélio Leal e Juliana Matos Brito, na Rádio O POVO CBN, e Luciano Cesário, na Rádio O POVO CBN Cariri, nesta terça-feira, 3.

Ao O POVO, após a entrevista na rádio, ele falou sobre o que falta. "Nós estamos esperando para ver se não vai ter nenhum recurso do PDT de última instância. Acredito que não. Esperando a certidão de trânsito julgado. Acho que a grande maioria irá para o PSB. Isso é um caminho natural", disse o deputado.

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O presidente eleito explica que a tendência é seguir os passos de Cid e migrar para o partido do ex-governador. Romeu Aldigueri fala ainda que ingressou no PDT “por via do pulmão do senador Cid Gomes” e que o acompanha “desde a época do Pros”. Ainda segundo o deputado, Oriel Filho (PDT) deve migrar para o PT, mas o parlamentar acredita que a maioria integre o PSB.

Sobre uma possível filiação de Aldigueri ao PT, o deputado afirma que isso é apenas “especulação”. Aldigueri destaca que, mesmo em meio aos impasses nas desfiliação do PDT, ele tem uma boa relação com o deputado federal André Figueiredo (PDT), presidente nacional em exercício do partido.

“Vamos ver também. Ninguém sabe se vai ter uma federação PT-PSB a nível nacional”, ressalta o deputado sobre possíveis desdobramentos desses caminhos citados.

TSE nega recurso do PDT Nacional e libera deputados para seguir Cid no PSB

Na mais recente atualização dos impasses entre o PDT e os remanescentes da base cidista no partido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), que autoriza a desfiliação de 14 deputados estaduais da sigla.

Integram o processo de pedido de saída os deputados, incluindo efetivos e suplentes: Bruno Pedrosa, Osmar Baquit, Guilherme Bismarck, Guilherme Landim, Helaine Coelho, Salmito Filho, Jeová Mota, Sérgio Aguiar, Lia Freitas, Marcos Sobreira, Oriel Nunes, Antonio Granja e Romeu Aldigueri.

Romeu Aldigueri foi eleito com 44 votos “sim” e teve apenas um voto “não”

Na votação para a nova mesa diretora da Alece, dos 45 deputados presentes no Plenário 13 de Maio, 44 votaram a favor da nova composição da mesa diretora. Apenas o deputado Alcides Fernandes (PL) votou contra. O deputado Carmelo Neto (PL) foi o único ausente.

Em fala após a votação, emocionada, o presidente eleito agradeceu aos votantes, inclusive o voto de oposição. "Uma honra, agradecer a confiança do governador Elmano, do ministro Camilo (Santana), do senador Cid Gomes, de todos os 45 deputados, inclusive o deputado que votou contra. É o exercício da democracia, somos uma casa plural", disse.

Na corrida pela presidência da Alece, a indicação de Aldigueri ocorreu após desentendimentos entre Cid Gomes (PSB) e o governador Elmano de Freitas (PT), que resultaram em ameaças do senador em deixar a base do governo no Ceará. O nome anteriormente cotado era o do deputado Fernando Santana (PT).

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