Comissão de Ética arquiva pedido de investigação contra o ex-ministro Silvio Almeida

Em reunião realizada nessa segunda-feira, 25, a Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu arquivar um pedido de investigação contra Silvio Almeida, o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O caso é mantido em sigilo pelo colegiado e não tem relação com as acusações de importunação sexual.

Almeida foi demitido da pasta em setembro, após divulgação de denúncias de assédio sexual recebidas pela ONG Me Too Brasil contra o ex-ministro. Entre as vítimas, estava Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. Silvio Almeida nega as acusações.

Conforme informações do O Globo, a denúncia arquivada não foi recebida por canais oficiais do governo e não teria relação com os supostos crimes sexuais dos quais é acusado.

Denúncias contra Silvio Almeida

Após a divulgação das denúncias pela ONG Me Too Brasil, a Comissão de Ética Pública recebeu, em outubro, outras duas queixas contra o ex-ministro do governo Lula (PT). O processo corre em sigilo e não se sabe se as acusações partiram de servidoras.

À época, a Casa Civil da Presidência confirmou as novas denúncias, mas não forneceu mais detalhes devido ao sigilo dos procedimentos da apuração.

Quanto ao caso envolvendo Anielle Franco, a ministra disse, em depoimento à Polícia Federal (PF), que as abordagens “inadequadas” de Almeida foram progredindo até a importunação física. Ela acrescentou que os episódios ocorreram em 2022, durante transição dos governos.

Em sua defesa, Silvio Almeida lançou nota, após as queixas, e disse: "Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país".