Catanho diz que Cid "é o nosso candidato ao Senado" e defende "olhar para frente"
Secretário destacou a importância de Cid Gomes na base política de Elmano. Também avaliou não haver erros por parte do governo no processo de definição de indicações para a presidência da Alece
13:54 | Nov. 26, 2024
O secretário estadual da Articulação Política, Waldemir Catanho, defendeu o nome de Cid Gomes (PSB) para reeleição ao Senado em 2026. Para ele, é hora de "olhar para frente" após a ameaça do ex-governador de deixar a base governista após a escolha - já desfeita - do nome do deputado Fernando Santana (PT) para a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
O candidato agora será Romeu Aldigueri (PDT), atual líder do governador Elmano de Freitas (PT) na Casa. "Cid é o nosso candidato ao Senado”, garantiu Catanho em entrevista à Rádio O POVO CBN, na manhã desta terça-feira, 26.
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Questionado sobre como está a relação de Cid Gomes com o Governo do Estado, Catanho enalteceu a importância do grupo político do senador na composição da base do governo e de definiu o senador como o precursor do projeto que governa o Ceará desde 2006.
“O governador Cid tem um papel extremamente relevante na construção do que nós estamos fazendo no Ceará. Ele foi o precursor disso tudo a partir da sua eleição em 2006, eleição que se deu muito em apoio que o PT deu a ele naquele momento”, classificou o secretário.
Catanho também destacou que Camilo confirmou que a candidatura de Cid à reeleição vai ter o apoio do PT. “O ministro Camilo fez uma declaração de que Cid é o nosso candidato ao Senado. Essa é a posição do governador Elmano, a posição do PT, posição acho que de todos os partidos da base. Por isso que eu entendo que é basicamente olhar pra frente”.
Sobre a “quase” ruptura de Cid Gomes com o governador Elmano de Freitas, o secretário disse que o mais importante é olhar para frente, considerando o episódio como superado. “Olhar para frente, todos nós fazemos parte do mesmo projeto, todos estamos trabalhando pelo Ceará e a Assembleia é muito importante nisso. Isso é um episódio totalmente superado”.
Apesar disso, Catanho disse não ver nenhum erro por parte do Governo na escolha de Fernando Santana (PT) para presidir a Alece. Segundo ele, as divergências são normais. “Eu não entendo que tenha havido nenhum equívoco da parte de ação nossa (Governo do Estado), acho que houve uma série de tratativas, de conversas, e é natural que haja divergências num processo como esse, em uma base política tão ampla, mas como falei, são episódios que estão superados”.
O secretário ainda refutou as críticas de que o PT seria o ator hegemônico na aliança governista, destacando que as vitórias do partido foram legitimadas pelas urnas. “O PT ocupa a Presidência da República, por uma decisão popular, da mesma forma o Governo do Estado, a Prefeitura de Fortaleza, e isso acontece com toda legitimidade do mundo”
Mesmo assim, segundo Catanho, o partido se esforça para compartilhar espaços com os partidos da base. “Há um esforço de compartilhamento desses espaços, a chapa que elegeu o governador Elmano é uma chapa que tem um outro partido na vice, da mesma forma a chapa que elegeu o Evandro como prefeito de Fortaleza”, concluiu o secretário.
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