Prefeito eleito de Choró que estava foragido se entrega à polícia em Fortaleza
Operação do MPCE investiga vereadores, servidores públicos, ex-secretários municipais e empresários da região por suposta fraude. O atual gestor do município, Marcondes Jucá (PT), foi preso e afastado das funções
14:27 | Nov. 24, 2024
Bebeto Queiroz (PSB), prefeito eleito do município de Choró, distante 168,10 km de Fortaleza, se entregou à Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) na Delegacia de Capturas (Decap) na capital cearense na tarde desse sábado, 23.
Ele estava foragido desde o dia anterior. A informação foi confirmada ao O POVO pelos órgãos de Justiça envolvidos. De acordo com nota enviada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE), Bebeto tem antecedentes por porte ilegal de arma de forma.
Confira a nota na íntegra:
"A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informa que cumpriu, por meio da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), um mandado de prisão temporária em desfavor de um homem de 45 anos, na tarde desse sábado (23). O mandado de prisão foi cumprido na sede da Decap, no bairro José Bonifácio - Área Integrada de Segurança 5 (AIS 5) da Capital. O homem, que tem antecedentes por porte ilegal de arma de fogo, apresentou-se espontaneamente na sede da delegacia, onde foram realizados os procedimentos."
O político foi alvo de uma operação "Ad Manus" (do latim, "nas mãos"), que investiga atos ilícitos de contratos de prestação de serviço de abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró. Investigação é chefiada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), e tem apoio das polícias Federal e Civil.
O atual prefeito do município, Marcondes Jucá (PT), foi preso e afastado das funções por 180 dias na sexta-feira, 22. Além dele, um servidor da Secretaria de Transporte de Choró também foi detido e afastado do cargo.
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O Poder Judiciário também determinou o encerramento imediato de contratos da Prefeitura com as empresas que são alvo da operação. Pelo teor da investigação, os suspeitos poderão responder por crimes contra a administração pública, peculato, falsidade material e ideológica, além de corrupção passiva e ativa.
Operação em Choró
Na operação, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em Choró, além de Canindé, Quixadá e Madalena. Os alvos são vereadores, servidores públicos, ex-secretários municipais e empresários da região.
Foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e documentos relacionados aos contratos investigados.