Camilo e Elmano pedem punição a envolvidos em plano de matar Lula, Alckmin e Moraes

O governador cearense também parabenizou o trabalho da Polícia Federal por ter desvendado a trama golpista

A Polícia Federal deflagrou nesta semana a Operação Contragolpe, que investiga um grupo criminoso que planejou um golpe de Estado após as eleições em 2022 e tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo a PF, o plano foi montado no Governo Bolsonaro com membros do alto escalão do exército e culminou na prisão de cinco militares. A investigação causou grande repercussão no mundo político.

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O ministro da Educação e senador licenciado, Camilo Santana (PT), afirmou que o plano serve de alerta para os perigos que a intolerância e ódio causam. O ex-governador do Ceará também declarou esperar que todos os envolvidos sejam punidos pela lei.

"A tentativa de atentado, desbaratada pela Polícia Federal, alerta para os perigos da política movida pela intolerância e pelo ódio. Que todos os envolvidos sejam devidamente punidos dentro da lei. De nossa parte, continua a defesa intransigente da democracia. Jamais podemos aceitar que a barbárie e a impunidade prevaleçam", disse.

Já o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), parabenizou o trabalho da PF, se solidarizou com Lula, Alckmin e Moraes, além de chamar o caso como um "terrível capítulo de atentado" contra o Brasil.

"O plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes é mais um terrível capítulo de atentado e tentativa de golpe contra o nosso país. Seguimos, firmes, na defesa constante e irredutível da democracia. Aproveito para parabenizar a Polícia Federal pelo trabalho. Minha solidariedade a Lula, Alckmin e Moraes. Que os envolvidos sejam responsabilizados e punidos com o rigor da lei", afirmou.

"Punhal Verde e Amarelo" visava matar Lula, Alckmin e Moraes

Foi identificado pela PF um plano detalhado operacional, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, com o objetivo de assassinar Lula e Alckmin. Também foi descoberto que estava no planejamento a prisão e execução de um ministro do STF, no caso do golpe ser efetivo.

Os envolvidos também instituíram um “Gabinete Institucional de Gestão de Crises”, para gerenciar possíveis conflitos em decorrência das ações.

A PF aponta que as investigações indicam que as ações configuram os crimes de abolição do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

Os detalhes constam da representação da Polícia Federal pela prisão do general reformado do Exército Mário Fernandes; dos "kids pretos" Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo - militares com especialização em Forças Especiais; e do policial federal Wladimir Matos Soares.

Plano foi montado no Governo Bolsonaro

O general era o guardião do ousado plano montado ainda no governo Bolsonaro. O documento também trazia detalhes sobre a possível execução de Moraes e de Alckmin. Segundo a Polícia Federal, o arquivo "continha um verdadeiro planejamento com características terroristas".

Na visão dos investigados, segundo a PF, a "neutralização" de Lula "abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB". Já a morte de Alckmin "extinguiria a chapa vencedora".

"Como reflexo da ação, não se espera grande comoção nacional", registrou o documento sobre o ex-tucano. O plano de assassinatos ainda cita um "Juca", o qual a PF ainda não identificou. Ele é descrito no documento como "iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov" e sua "neutralização desarticularia os planos da esquerda mais radical".

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