PT pede arquivamento de PL que anistia condenados pelo 8/1
O PT apresentou nesta quarta-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, requerimento para que seja arquivado o Projeto de Lei (PL) nº 2.858, que prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2022.
16:34 | Nov. 20, 2024
O PT apresentou nesta quarta-feira (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pedido de arquivamento do Projeto de Lei nº 2.858, que prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de janeiro de 2022.
O documento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, o PT avaliou que manter a tramitação do projeto é “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia.
“Isso ficou claramente demonstrado pelo recente atentado a bomba contra a sede do STF [Supremo Tribunal Federal] em Brasília e pelas conclusões da Polícia Federal na investigação de 8 de janeiro, revelando os planos de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e Ministro Alexandre Moraes”, destacou o comunicado.
“Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos líderes golpistas, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade aos envolvidos tem servido de incentivo a indivíduos ou grupos de extrema direita, dizem os deputados."
operação
A Polícia Federal (PF) lançou nesta terça-feira (19) uma operação para desmantelar uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula. e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A corporação informou ter identificado a existência de “um plano operacional detalhado”, denominado Soco Verde e Amarelo, que seria executado em 15 de dezembro de 2022. ), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado “, destacou a PF.
Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos na operação.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.
Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil*