Cristina Kirchner tem condenação a seis anos de prisão confirmada pela justiça da Argentina
Decisão confirma a sentença de dezembro de 2022. Ex-presidente nega acusações
15:05 | Nov. 13, 2024
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner teve sua condenação a seis anos de prisão confirmada pela justiça do país. Ela foi condenada por corrupção e proibida de exercer cargos públicos pelo Tribunal de Apelação do país.
Kirchner considera sua condenação como perseguição política. Apoiadores da ex-presidente protestavam contra a sentença judicial. A ex-deputada brasileira Manuela d’Ávila participou dos atos.
A sentença dada nesta quarta-feira, 13, havia sido aprovada por unanimidade em dezembro de 2022. Cristina foi presidente entre 2007 e 2015, e vice de Alberto Fernández entre 2019 e 2023. Na acusação, ela é apontada como chefe de uma organização criminosa que desviava recursos do Estado durante seu mandato. A peronista nega as acusações.
“O processo começou como um show e vai terminar da mesma maneira. Como sustentamos, a perseguição tem como objetivo deixar fora do tabuleiro político aqueles que lideram governos nacionais, democráticos e populares”, disse a ex-presidente nas redes sociais.
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Apesar da condenação, Cristina não será presa imediatamente, pois cabe recurso à Suprema Corte do País. Os magistrados da instância máxima que devem votar e decidir o futuro da ex-presidente, e se ela será presa. Por não ser mais vice-presidente do país, cargo que ocupou entre 2019 e 2023, a ex-presidenta não tem mais imunidade jurídica.
O processo contra Cristina será enviado à instância máxima do Judiciário em até 10 dias. Entretanto não há prazo para que o julgamento seja finalizado, podendo inclusive demorar anos para que os magistrados analisem o caso. Se a defesa da ex-presidente recorrer, a Suprema Corte só deve começar a analisar a ação em março de 2025.
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