Bolsonaro se manifesta sobre fim da escala 6x1 e critica PT e Psol: "Estão perdidos"

Ex-presidente criticou adversários alegando que eles tentam criar desavenças entre patrões e empregados para buscar "simpatia e voto"

14:48 | Nov. 13, 2024

Por: Vítor Magalhães
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou-se acerca do debate que se instaurou, a partir de movimentos nas redes sociais, sobre o fim a escala 6x1 (seis dias de trabalho e um dia de descanso). O ex-mandatário criticou a discussão sobre o tema pelo Congresso e questionou eventuais interesses de partidos da esquerda brasileira em levantar a discussão como tem sido feito.

Indagado sobre a questão, na última terça-feira, 12, Bolsonaro posicionou-se e criticou adversários políticos.

"Essa questão da jornada de trabalho não se conseguiu assinaturas suficientes ainda (o número foi atingido nesta quarta, 13). O que está sendo proposto ali está lá no artigo 7º da Constituição, que é uma cláusula pétrea. Qual a intenção do PT, do Psol, do PCdoB? Como eles estão perdidos, desconectados do povo brasileiro, estão querendo voltar à origem. Como? Pegando muita gente desinformada que está lá na base do mercado de trabalho, ou está desempregado, falando: 'Olha, vamos passar para quatro dias por semana e três de folga'. É muito bonito isso aí", disse em entrevista à coluna do jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

O tema surgiu a partir de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria da deputada Érika Hilton (Psol) e já conseguiu o mínimo de assinaturas necessárias para começar a tramitar na Câmara dos Deputados.

Na entrevista, Bolsonaro citou ainda a ideia de um programa feito com o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para ter alternativas ao trabalhador.

"Eu com o Paulo Guedes começamos um projeto, uma proposta, seria a criação do 'Minha Primeira Empresa', para todo mundo que reclama do salário, por exemplo, da jornada de trabalho, poder criar a empresa dele, pagar R$ 10 mil, R$ 20 mil por mês para cada e dá três dias de trabalho por semana. Para mostrar então que, além do que... o PT sempre quer fazer, jogando um contra o outro, o patrão contra o empregado, no caso aqui, para buscar simpatia, compaixão, voto", alegou.

Deputado do PL assinou apoio a PEC

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE), único parlamentar do PL a assinar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do fim da escala 6x1 (seis dias trabalhados e um dia de descanso), disse que sua posição gerou incômodo entre outros parlamentares filiados à legenda ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar disso, o parlamentar ressaltou que não recebeu orientação do partido para retirar a assinatura ou represálias por parte de lideranças nacionais da sigla.

Fernando defende que a discussão sobre o tema é necessária e que vai além das ideologias partidárias. Em entrevista ao programa O POVO News, nesta quarta-feira, 13, ele defendeu o debate e formas de compensação aos empregadores numa eventual medida de redução da jornada de trabalho.