Cúpula do G20: presidentes da China, EUA e Argentina confirmam vinda ao Brasil
As expectativas com vinda dos chefe de Estado internacionais ao solo brasileiro e o 2° encontro de Lula com Milei no G20O presidente da China Xi Jinping, Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, e o presidente da Argentina, Javier Milei, virão ao Brasil para a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro. As viagens foram confirmadas pelo governo de Pequim e pela Casa Branca nesta quinta, 7.
A vinda dos chefes de Estado marcam a primeira vez que um presidente norte-americano em exercício vai à Amazônia e ainda a expectativa do segundo encontro entre os presidentes adversários Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Milei (Libertário).
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Os auxiliares do petista afirmam que o foco de Lula não está na vinda do argentino ao Brasil, mas nas visitas dos presidentes da China, Xi Jinping, e dos Emirados Árabes Unidos, o xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Nas reuniões com esses países serão discutidas as pautas relacionadas aos investimentos e acordos comerciais.
Inicialmente, Xi Jinping e Joe Biden participarão da 31ª Reunião de Líderes Econômicos da Cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) - em Lima, no Peru - onde ambos destacarão suas lideranças político-econômicas na região Indo-Pacífico. Em seguida, os presidentes irão ao Brasil para participar da Cúpula do G20.
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A viagem do presidente da China ao Brasil
Xi Jinping visitará Lima entre os dias 13 e 17 deste mês, e logo depois estará no Rio de Janeiro nos dias 17 e 21, de acordo com o comunicado da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.
Hoje, a China é a principal parceira comercial da nação brasileira, ultrapassando US$ 180 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) em comércio bilateral em 2023. Os telefones celulares, itens farmacêuticos e semicondutores dominam as exportações da China para o maior País sul-americano.
O presidente Lula busca balancear as relações entre China e EUA, desde que retornou ao Palácio do Planalto no ano passado Enquanto aprofunda a parceria com o governo Chinês, o chefe do Executivo brasileiro tenta aproximar a conexão com os Estados Unidos.
A primeira ida do presidente dos Estados Unidos à Amazônia
Antes de ir ao Rio de Janeiro, Biden visitará a Amazônia, entre os dias 17 e 19 de novembro, mas antes estará em Lima, para se encontrar com a presidente do Peru, Dina Boluarte, e participar da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec), nos dias 14 a 17 de novembro.
Em Manaus, o estadunidense “visitará a floresta amazônica para dialogar com líderes locais, indígenas e outros que trabalham na preservação e proteção do ecossistema, marcando a primeira visita de um presidente dos EUA à região”, informou a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
“No Rio de Janeiro, o presidente Biden se reunirá com o presidente Lula, à margem do G20, para reforçar a liderança dos EUA em direitos dos trabalhadores e crescimento econômico sustentável”, comunica a nota.
A confirmação das viagens de Biden surgiu após o presidente estadunidense conversar por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nessa quinta, 7, sobre os preparativos da próxima Cúpula do G20, que ocorre nos dias 18 e 19.
De acordo com a Casa Branca, Joe Biden “parabenizou o presidente Lula pela presidência bem-sucedida do Brasil no G20 e destacou o progresso alcançado na promoção dos direitos dos trabalhadores e no combate à fome e pobreza”, durante o telefonema.
O presidente brasileiro planejava iniciar a recepção ao convidado norte-americano na sua visita à Amazônia, porém, os dois só irão se encontrar no Rio de Janeiro, onde farão uma reunião bilateral.
Isso porque Lula ainda se recupera da lesão na cabeça provocada por uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada. Ele teria que fazer um bate-volta em Manaus para estar no Rio no dia 16 para o encerramento da Cúpula Social do G20 - novo evento implantado no governo Lula.
Em nota, a Casa Branca informou que Biden “desejou ao presidente Lula uma recuperação plena de sua recente lesão” na cabeça, durante a chamada telefônica feita nessa quinta-feira, 7.
Biden levará ao G20 a proposta dos EUA para os países emergentes e “liderará o G20 para trabalhar em conjunto no enfrentamento de desafios globais compartilhados, como a fome e a pobreza, mudanças climáticas, ameaças à saúde e a dívida dos países em desenvolvimento”, comunicou a secretária de Imprensa da Casa Branca.
O segundo encontro de Lula e Javier Milei
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Javier Milei, irão se encontrar pela segunda vez na cúpula do G20. Os dois são adversários ideológicos e têm uma relação marcada pela tensão em virtude do apoio de Milei à família Bolsonaro.
Apesar disso, a expectativa no Palácio do Planalto é que o encontro entre os dois políticos ocorra de maneira convencional e sem sobressaltos, uma vez que o Brasil é o anfitrião do evento.
Milei e Lula já se cumprimentaram rapidamente na cúpula do G7, que aconteceu em junho deste ano na Itália, mas o momento ocorreu sem registros fotográficos.
Nesse sentido, é expectável que o segundo encontro siga um roteiro semelhante à cúpula do G7, com Milei sendo pautado por uma conduta formal e institucional conforme o esperado por quem ocupa o posto de presidente.
Os membros do G20 são os seguintes países:
- África do Sul
- Alemanha
- Arábia Saudita
- Argentina
- Austrália
- Brasil
- Canadá
- China
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- França
- Índia
- Indonésia
- Itália
- Japão
- México
- Reino Unido
- Rússia
- Turquia
- União Africana
- União Europeia
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