CMFor encaminha denúncias contra Inspetor Alberto para Procuradoria Jurídica

Vereador de Fortaleza é alvo de denúncias por maus-tratos a animais e ameaça ao prefeito eleito Evandro Leitão

10:36 | Nov. 07, 2024

Por: Cíntia Duarte
Inspetor Alberto, do PL, foi eleito vereador em 2020 e reeleito neste ano com 7.913 votos. Fala do parlamentar contra Evandro Leitão (PT) é investigada pela Polícia Civil (foto: AURÉLIO ALVES)

Após uma série de ações movidas envolvendo o vereador de Fortaleza, Inspetor Alberto (PL), a Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) informou, por meio de nota, que tomou ciência das denúncias e encaminhou os casos para a Procuradoria Jurídica para análise. Foram apresentados pedidos de apuração por infração ética-disciplinar e uma representação pela perda de mandato do vereador.

O caso ganhou repercussão após um vídeo que foi divulgado no último dia 27 de outubro, em que o vereador aparece proferindo palavras de ameaças enquanto puxa um porco pelas orelhas, associando ao então candidato à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão.

Após isso, eleitores e parlamentares repudiaram o ato, o classificando como maus-tratos a animais. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Ceará (CRMV-CE) denunciou o caso e foi aberto inquérito pela Polícia Civil para investigação. Procurados, a assessoria de comunicação do órgão informou que o caso segue em segredo de justiça.

Na CMFor, o pedido de cassação foi protocolado pelos vereadores Gabriel Biologia (Psol), Adriana Almeida (PT) e Adriana Gerônimo (Psol), com o apoio de outras autoridades estaduais e nacionais.
Em seguida, o deputado federal Célio Stuardat (PSD) compartilhou um abaixo-assinado para a cassação do mandato do vereador. O documento em questão apresenta três propostas: cassação do mandato do vereador Inspetor Alberto junto à Câmara Municipal; pedido de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ao Ministério Público Eleitoral para impedir diplomação do vereador; e aprovação do projeto de lei N° 3869/2024, para impedir a posse em cargos públicos de pessoas condenadas por maus-tratos a animais.

Além disso, a CMFor informou que apenas após a análise da Procuradoria Jurídica será direcionado ao conselho de ética, para então apreciar a admissibilidade das denúncias.