Após incêndio, plenário da Assembleia do Ceará é reinaugurado por Evandro; veja imagens
O prazo inicial para entrega do Plenário 13 de Maio foi o mês setembro, mas passou para outubro. A entrega ocorreu nesta quarta-feira, 6 de novembro
11:51 | Nov. 06, 2024
O Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), foi reinaugurado nesta quarta-feira, 6, sendo recuperado quatro meses após reforma necessária em virtude de incêndio que ocorreu no prédio, no último 20 de junho. A obra começou em 1° de julho deste ano e custou cerca de R$ 23,7 milhões.
A nova estrutura do teto traz imagens na área nas galerias que remetem ao Estado do Ceará, como ilustrações de Padre Cícero, jangadas, cactos, carnaúba, o chapéu de Lampião, além de Iracema, personagem de José de Alencar. A tonalidade do carpete e mesas dos deputados estaduais, feitas de mármore, é verde escuro.
Evandro afirmou que as galerias da parte de cima do plenário devem voltar a ter bancos nos próximos dias para que o local seja reaberto o quanto antes.
Atrás da Mesa Diretora está uma estátua de Jesus Cristo com os braços abertos. À esquerda, a bandeira do Estado do Ceará, e à direita, a do Brasil. O antigo crucifixo foi queimado e sofreu danos com o incêndio e está exposta na entrada do plenário.
A cerimônia contou com a presença de toda a Mesa Diretora e de quase todos os deputado estaduais, além de vereadores e secretários de Estado. “A gente entrega o Plenário 13 de Maio para a população depois de ter passado por momentos tão difíceis”, disse Evandro Leitão (PT), deputado e prefeito eleito de Fortaleza, também presidente da Assembleia. “Para mim, é motivo de muita honra”, complementou o petista ao participar da reinauguração.
Veja fotos do novo Plenário 13 de Maio:
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Evandro agradece servidores e fala da reforma
Evandro agradeceu aos servidores da Casa, Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar por terem agido de forma rápida no dia do incêndio, além de todos os deputados estaduais, por aprovarem os processos que garantiram a reforma.
Em entrevista coletiva, Leitão afirmou que o prédio todo passou por reforma e a parte elétrica ainda precisará passar por manutenção e mudanças. "Estamos falando de um prédio de mais de 50 anos. Então nós precisamos ainda fazer a troca da parte elétrica nos outros anexos", explicou, completando que o próximo presidente terá que dar continuidade aos trabalhos.
Após descerrar a placa de inauguração, Evandro entrou no plenário acompanhado de outros deputados e abriu a sessão legislativa. Ele aproveitou para passar a presidência para Fernando Santana (PT), o 1° vice-presidente, e discursou na tribuna sobre o momento. O prefeito eleito foi aplaudido.
"O incêndio foi um momento de dor para todos que fazem a Alece, mas também foi uma ocasião onde reafirmamos nossa união para recuperar o coração do Legislativo estadual. Hoje, com essa reconstrução, temos um dos sistemas de prevenção mais modernos do Brasil com monitoramento permanente de incêndio", declarou.
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O presidente também relembrou que a Casa foi inaugurada durante a ditadura militar, no dia 13 de maio de 1977, e chamou o prédio de um símbolo vivo do compromisso do Parlamento cearense com a democracia e com a participação cidadã.
"Tenho orgulho de recuperar este monumento, o principal símbolo da casa do povo. Testemunha de debates históricos acalorados e discursos que refletem reivindicações e a aprovação de leis (...) Seus exatos 47 anos não poderiam ser apagados com um incêndio", completou.
Incêndio no plenário da Assembleia
No incêndio, as chamas danificaram o teto, cadeiras e demais estruturas do plenário. O prazo inicial para a entrega da reforma foi setembro, mas foi adiado para outubro. Durante o processo de reestruturação, os parlamentares realizaram as sessões em formato híbrido, com a participação presencial no Auditório Deputado João Frederico Gomes, localizado no Anexo II da Alece.
A causa do incêndio, de acordo com Evandro Leitão, foi um curto-circuito. Na ocasião, duas pessoas ficaram feridas: uma servidora que trabalhava na Casa e um policial militar que sofreu escoriações.
Colaborou Rogeslane Nunes/Especial para O POVO