Por que a Pensilvânia pode definir as eleições norte-americanas em 2024?
Pensilvânia é considerado um dos estados mais importantes na disputa presidencial; historicamente, quem vence no Estado, ganha as eleiçõesOs estadunidenses escolhem nesta terça-feira, 5, entre a atual vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump, quem vai ocupar a Presidência do País. Em um cenário acirrado entre a democrata e o republicano, o estado da Pensilvânia é decisivo para o pleito de 2024.
A Pensilvânia é um dos estados-chave cruciais para a eleição de 2024. Kamala e Trump aparecem empatados no estado, ambos com 48% dos votos. Os dados são da pesquisa Exame/Ideia, divulgada a quatro dias do fim da disputa, realizada entre os dias 29 de outubro e 1° de novembro.
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No levantamento, 3% afirmam não saber em quem votar e 1% citou outro candidato. O Instituto Ideia ouviu 2.400 eleitores. A margem de erros é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Pensilvânia integra os chamados estados-pêndulos (“swing states”, em inglês), que ora votam nos democratas, ora nos republicanos. Antes das eleições de 2016, o estado, junto de Michigan e Wisconsin, fazia parte do chamado “blue wall”, ou parede azul, em tradução para o português, que representava 19 estados conhecidos historicamente por apoiar candidatos democratas.
Em entrevista à 1ª edição do O POVO News desta segunda-feira, 4, o jornalista e analista político Marcello Malcher disse que “uma vez que você vence esse ‘blue wall’, praticamente vence a eleição”.
“Antes da vitória do Trump (...), o ‘blue wall’ tem sido vencido pelos democratas e a Pensilvânia é essencial”, afirma o analista. Nas eleições de 2016, em que o ex-presidente Donald Trump foi eleito, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin apresentaram comportamento não convencional e o republicano venceu nesses estados.
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Já nas eleições de 2020, o democrata e atual presidente, Joe Biden, venceu nessas regiões. Esse vai e vem é o que caracteriza o movimento de “pêndulo”. Desde 2008, os candidatos que venceram na Pensilvânia ganharam as eleições presidenciais. O peso do Estado se dá também pelo número de delegados. Dos 538 delegados dos colégios eleitorais do País, a Pensilvânia tem 19.
Com funcionam as eleições nos Estados Unidos
A presidência dos Estados Unidos será ocupada a partir do próximo 20 de janeiro de 2025. Ao contrário do Brasil, as eleições estadunidenses ocorrem de forma indireta e para vencê-las, o candidato precisa conquistar maioria dos delegados que integram o colégio eleitoral, composto por 538 integrantes.
Para vencer, é preciso conseguir 270 dos 538 delegados. Estes funcionam como representantes da população. O candidato que vence em um estado, leva todos os delegados daquela região, mesmo que a diferença para a vitória seja de apenas um voto.
O voto para os americanos é facultativo, mas nos últimos pleitos têm havido grande adesão dos eleitores. Pelo sistema eleitoral dos EUA, mesmo que um candidato receba mais votos, como foi o caso da democrata Hillary Clinton em 2016, que ficou com vantagem de mais de 3 milhões acima de seu adversário, Donald Trump, o candidato não vence se não conquistar maioria dos delegados.