Morte de Indira Gandhi, primeira-ministra indiana, completa 40 anos
No dia 31 de outubro de 1984 a governante foi assassinada por dois de seus segurançasHá 40 anos, em meio a um cenário marcado por conflitos étnicos e religiosos, a primeira mulher chefe de governo na Índia teve sua vida interrompida por 30 tiros. No dia 31 de outubro de 1984, Indira Gandhi foi assassinada por dois de seus seguranças.
Apesar de realizações importantes para o desenvolvimento do país, o governo da primeira-ministra indiana enfrentou problemas com sua política interna. O conflito que envolveu os muçulmanos sikhs, grupo religioso extremista, culminou na morte de Indira e em uma onda de retaliações violentas.
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No dia 8 de junho de 1984, O POVO publicou sobre o apoio que a governante recebeu após ordenar o exército a reprimir os sikhs e seu movimento separatista.
Indira Gandhi passou a tomar medidas para evitar uma ameaça eleitoral ao seu partido, destituindo opositores, como Rama Rao, chefe de governo do Estado de Andhra Pradesh. As decisões da primeira-ministra repercutiram internacionalmente.
Em 31 de outubro de 1984, enquanto dirigia-se ao seu gabinete, Indira foi alvejada por membros de sua guarda pessoal, que integravam o grupo sikh. O assassinato da governante de 67 anos provocou a eclosão de atos violentos contra a comunidade muçulmana.
Após a morte, o filho de Indira, Rajiv Gandhi, foi escolhido como seu sucessor. As cerimônias fúnebres em homenagem a primeira-ministra mobilizaram milhões de pessoas.
Linha do tempo
1917 - Indira Gandhi (Indira Priyadarshini Nehru) nasceu em Allahabad, Índia, no dia 19 de novembro;
1939 - Ela iniciou a carreira na política filiando-se ao partido do Congresso Nacional Indiano, tendo como líderes o seu pai, Jawaharlal Nehru, e Mahatma Gandhi;
1955 - Foi eleita para o conselho executivo do Partido do Congresso Nacional, no qual posteriormente assumiu a presidência;
1959 - Tornou-se ministra da Informação e Radiodifusão;
1966 - Com a morte repentina do primeiro-ministro da época, Lal Bahadur Shastri, Indira Gandhi foi eleita, tornando-se a primeira mulher chefe de governo na Índia.
1971 - Nas eleições do ano, ela obteve vitória sobre a coalizão de partidos conservadores;
1972 - Após a vitória do país na guerra Indo-Paquistanesa, Indira novamente obteve maioria nas eleições nacionais de março;
1975 - Ela foi acusada pela Alta Corte de Allahabad de ter violado leis eleiorais. A primeira-ministra instituiu o estado de emergência e prendeu adversários políticos;
1977 - Indira perdeu as eleições e a nova gestão que assumiu passou a investigar sua atuação durante o governo;
1978 - Conquistou uma cadeira no Parlamento, mas, no mês seguinte, perdeu o mandato por decisão parlamentar e ficou presa por alguns dias;
1980 - Foi reeleita primeira-ministra da Índia.
1984 - O grupo religioso extremista de muçulmanos sikhs pretendia criar um estado independente, ameaçando a integridade política da Índia. Eles ameaçaram negar ao país o fornecimento de energia e alimentos do Punjab, região onde estavam estabelecidos. Em junho, Indira enviou o exército para invadir o santuário dos sikhs em Amritsar, o que causou mortes.
Em 31 de outubro, a primeira-ministra foi assassinada em Nova Déli por dois de seus seguranças, Satwant Singh e Beant Sing, que integravam o grupo sikh.
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