Camilo descarta concorrer à Presidência em 2026: "Não tenho intenção alguma de disputar"

Ministro da Educação disse que o foco agora é em realizar um grande trabalho na pasta que comanda

O ministro da Educação Camilo Santana (PT) negou que tenha intenção de se candidatar a algum cargo em 2026. "Eu tenho mandato de senador, não tenho intenção alguma de disputar nada em 2026", enfatizou, em entrevista concedida durante reunião do G20, realizada nesta quarta-feira, 30, em Fortaleza.

Para o senador, que também é ex-governador do Ceará, o foco atual é no MEC. "Minha motivação agora é fazer um grande trabalho no Ministério da Educação, junto com o presidente Lula, que para mim é o maior presidente da história desse país, que tem reconstruído a educação pública desse país", afirmou.

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Na última terça-feira, 29, o deputado federal cearense e ex-presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB) avaliou, em entrevista ao programa O POVO News 1ª edição, que Camilo Santana seria o "sucessor natural" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o chefe do Executivo decida não dispute a presidência em 2026.

PT no Z4?

Camilo minimizou ainda as declarações do ministro das Relações Institucionais, o também petista Alexandre Padilha, de que o PT estaria no "Z4" das eleições municipais e que precisa de avaliação sobre a disputa. "Cada eleição tem as suas especificidades. Uma eleição municipal é diferente de uma eleição nacional, é diferente de uma eleição estadual. Eu digo isso pela própria experiência que eu tenho aqui no Ceará, a partir dos que estão juntos em alguns municípios e estão separados no próprio Estado, por exemplo", avaliou.

Santana pregou que o partido faça, sim, uma avaliação interna do desempenho nas eleições que terminaram, mas lembrou que houve uma mudança de estratégia em relação à 2020.

"Até onde eu tenho conhecimento, a estratégia que o partido adotou nessas eleições, diferentemente do que adotou nas últimas eleições municipais, não foi ter candidatos em todos os municípios, o PT decidiu apoiar vários candidatos, de outros partidos, como foi no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Recife, em Belém. Então houve uma estratégia de apoiar candidatos da base aliada do presidente", lembrou.

Para ele, o foco agora tem que ser em ampliar o diálogo e as entregas que governo Lula deve fazer para a população.

"Precisamos ampliar o diálogo com todos os setores da sociedade, até porque isso faz parte da democracia, e buscar os consensos daquilo que a sociedade necessita para mudar as suas vidas, o dia-a-dia: emprego, saúde, educação. A estratégia agora é fazer entregas à população, no governo do presidente Lula, para mostrar que é um governo que quer melhorar a vida das pessoas, tem compromisso com a população mais pobre, que mais precisa. Quem mais precisa da presença do Estado são os mais pobres, são os mais humildes, e essa tem sido a estratégia: fazer o Brasil crescer e cuidar dos brasileiros e brasileiras", concluiu.

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