Ex-ministro, Silvio Almeida enfrenta mais duas acusações de assédio

A Comissão de Ética da Presidência da República investiga duas novas denúncias de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos

Há mais duas novas acusações de assédio contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, sendo apuradas pela Comissão de Ética da Presidência da República. Almeida foi demitido do Governo Lula (PT) devido ao surgimento de outros casos de assédio em setembro deste ano.

A Casa Civil da Presidência confirmou o recebimento das novas denúncias de assédio sem indicar se as acusações vieram de servidoras. A pasta acrecentou também que não divulgará mais detalhes em função do sigilo dos procedimentos da apuração.

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Mas o colegiado estabeleceu a abertura de novos processos de averiguação e já há relatoras encarregadas para cada nova denúncia. De acordo com a Folha de S. Paulo, as integrantes da Comissão de Ética Caroline Proner e Vera Karam de Chueiri foram designadas para os novos casos.

A defesa Silvio Almeida declarou que não comentará sobre as novas alegações porque "não há qualquer procedimento formalmente informado" aos advogados.

Outros casos investigados

Silvio Almeida já enfrentava procedimentos de investigação na comissão, instaurados quando surgiram os primeiros casos, enquanto ainda ele ainda ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo.

O ex-ministro dos Direitos Humanos alega que ele mesmo solicitou a abertura dessa averiguação na comissão, mas a defesa de Silvio Almeida afirma que não foi informada desse procedimento desde sua abertura.

Demissão após denúncias

Silvio Almeida foi demitido do cargo de Ministro dos Direitos Humanos no dia 6 de setembro após o surgimento das denúncias de assédio confirmadas pela organização Mee Too Brasil.

A Mee Too Brasil informou em nota que recebeu relatos de assédio sexual cometidos pelo então ministro Silvio Almeida, porém afirmou que preservaria a identidade das vítimas.

Além disso, a organização informou que “as vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias” devido à “posição de poder do agressor”.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, comentou o caso publicamente após a demissão de Silvio Almeida. Ela disse ter sofrido importunação sexual ainda em 2022, durante o período de transição de governo.

Anielle disse, em depoimento à Polícia Federal, que as “abordagens inadequadas” do ex-ministro foram progredindo até a importunação física.

Ex-ministro nega acusações

Silvio Almeida nega as acusações e declarou em nota: "Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país".

Após a demissão do cargo de ministro, a penalidade máxima, efetuada pela Comissão de Ética Pública, é a censura ética que consiste em manter nos assentamentos funcionais do servidor, por até três anos, o registro da censura, para possíveis consultas futuras.


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