Caso Marielle: dono de ferro-velho é o primeiro condenado na investigação do atentado
Orelha foi condenado a cinco anos de prisão por ter atrapalhado as investigações do caso ao destruir carro utilizado no crimeA 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro condenou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, por ajudar a destruir utilizado no assassinato vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Essa é a primeira condenação no caso que investiga a morte dos dois, mortos em 14 de março de 2018.
O juiz Renan de Freitas Ongarrato foi o responsável pela condenação de cinco anos de prisão determinada a Orelha. Ele foi culpado pelo crime de embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
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De acordo com as investigações, Orelha, que é dono de um ferro-velho, destruiu o carro em um desmanche no Morro da Pedreira, Zona Norte da Rio de Janeiro.
De acordo com a delação de Élcio de Queiroz, preso como executor do crime, o ex-bombeiro Maxweel Simões, o Suel, foi quem entrou em contato com Orelha para realizar o desmanche do carro.
Suel também foi preso no caso Marielle, suspeito de ter atrapalhado as investigações. Ronnie Lessa, assim como Élcio, foi preso como executor do crime.
O juiz do caso aponta que Orelha tinha conhecimento que o veículo tinha sido usado no homicídio de Marielle e Anderson, e por isso agiu com dolo - quando há intenção - ao atrapalhar as investigações. Ainda segundo o juiz, o agora condenado tinha uma relação de confiança com Ronnie Lessa e Suel.
Orelha está preso desde o fim do mês de fevereiro de 2024.