Ex-casal se alterna há 24 anos no comando do menor município do Brasil

Alaôr Machado e Neusa Ribeiro administram a cidade desde 2001; apesar das gestões de continuidade, casal tem peculiaridades na forma de gerir o município

O ex-casal formado por Alaôr Machado (PP), de 70 anos, e Neusa Ribeiro (PP), de 67 anos, se alterna no poder de Serra da Saudade, em Minas Gerais, há 24 anos. Os dois encerraram o casamento em 2004 e somados têm sete mandatos à frente da Prefeitura da menor cidade do Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Serra da Saudade tem 833 habitantes segundo dados do Censo do IBGE de 2022. A cidade tem um número maior de eleitores do que de habitantes, são 1294 aptos a votar na eleição municipal deste ano. Isso ocorre porque muitas pessoas que nasceram no local e se mudaram para outras cidades nunca transferiram o título de eleitor.

Na eleição deste ano, quem vai à urna é Neusa, ela, que comandou a cidade entre 2009 e 2016, vai enfrentar Derli Donizete (Avante), candidato que tenta quebrar a hegemonia do ex-casal desde 2008. Até aqui, sem sucesso.

Alaôr está em seu segundo mandato e, portanto, não pode concorrer à reeleição no município localizado na região centro-oeste de Minas e que fica a cerca de 250 km da capital, Belo Horizonte.

O início da hegemonia do ex-casal começou quando ainda estavam juntos, em 2001, ano do início do primeiro mandato de Alaôr, em 2004 ele foi reeleito. Em 2008 foi a vez de Neusa, já divorciada, dar continuidade ao trabalho, sendo reeleita em 2016. Após, vieram mais dois mandatos de Alaôr.

Serra da Saudade tem uma área de 335,6 km², maior que a da capital mineira (331,3 km²) e possui uma das menores densidades demográficas do país, com 2,48 habitantes por quilômetro quadrado. A maior parte vive na zona rural, mas cerca de 400 estão na zona urbana, sendo 150 funcionários da administração municipal, estima a Prefeitura.

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Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Neusa disse esperar cerca de 1.100 votos, o que garantiria uma eleição tranquila. O opositor, Derli, duvidou da projeção e disse esperar uma melhor votação do que alcançou em 2020, quando recebeu 99 votos.

Ainda à Folha, Neusa afirmou que as gestões são de continuidade, mas que cada um tem suas particularidades. Enquanto ela tem uma política de maior austeridade, o ex-marido é conhecido por promover eventos na cidade.

No geral, a aprovação do ex-casal é boa, com a política de saúde sendo apontada como um dos principais acertos das gestões. A candidata admitiu que não pretende concorrer a mais um mandato caso seja eleita no pleito do próximo dia 6 de outubro.

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