Lula: "Deus queira que Kamala ganhe a eleição nos EUA"
Presidente declarou em reunião com lideres da base na câmara preferência por Kamala na eleição americanaEm conversas com aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou a torcida pela candidatura democrata nas eleições presidenciais americanas, marcadas para novembro. Kamala Harris disputa o cargo com o ex-presidente Donald Trump, com quem Lula já trocou farpas.
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“Deus queira que a Kamala ganhe as eleições nos EUA”, disse Lula, em reunião com lideranças da sua base na Câmara dos Deputados, de acordo com informações publicadas pela jornalista da CNN Brasil, Basília Rodrigues.
A declaração ocorreu antes do debate da última terça-feira, 10, quando integrantes do governo estavam na expectativa do desempenho de Kamala contra o adversário, principalmente após a desenvoltura, considerada ruim, de Joe Biden no primeiro debate na CNN americana do atual presidente estadunidense.
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A derrota de Trupmp e a vitória de Kamala, pode significar, na avaliação do bloco, um "freio" nas expectativas do bolsonarismo no Brasil, e da extrema-direita no mundo. Há expectativa entre os integrantes do governo com a candidatura da democrata pelas pautas progressistas e a possibilidade dela se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.
Brasil, Estados Unidos e Rússia: como ficam as relações
Entretanto, em entrevista ao O POVO, o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, lembrou que apesar da proximidade com as ideias democratas, o Brasil se mantém próximo ao governo russo mesmo com as acusações de desrespeito aos direitos humanos. “Se, por um lado, o governo Lula gosta do governo Biden por a Kamala ser a sucessora, por outro todo, o alinhamento de política externa do Brasil é em direção a Rússia e a China”, avaliou o professor.
Segundo Vitelio foi "muito pouco explorada" a possibilidade de interlocução com o governo Biden, lembrando que a atual gestão americana foi a primeira a reconhecer a vitória de Lula, e importante para rechaçar qualquer possibilidade de golpe no país.
“O posicionamento do Brasil tem sido favorável ao Putin, apesar do sequestro de crianças ucranianas, o presidente lamentou Putin não poder participar da reunião do G20 no Brasil. Se, por um lado, o alinhamento de política externa do Brasil é com a Rússia, por outro lado, foi muito pouco utilizado a possibilidade de alinhamento com o governo Biden", concluiu o acadêmico.
Veja na integra a entrevista com a avaliação do debate feita pelo professor Vitelio Brustolin: