7 de setembro na Av. Paulista defende Musk, ataca Moraes e tem Bolsonaro chorando

Ato contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador de Sâo Paulo, Tarcísio de Freitas

Os discursos foram iniciados por volta das 14h30. Sobre um trio elétrico apareciam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia (organizador oficial do evento) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Cerca de duas quadras da Avenida Paulista apareciam tomadas pelo público.

Após a execução do Hino Nacional, com ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrando estar emocionado, o primeiro a discursar foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Ele usava uma camisa preta com a bandeira do Brasil com a logo da rede social X (antigo Twitter) e a frase em inglês "free speech" (liberdade de expressão, em tradução livre).

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Eduardo afirmou ser a rede social X uma "ferramenta poderosa para denunciar ao mundo todas as perseguições. O parlamentar fez defesa da rede social e teceu críticas ao ministro Alexandre de Moraes, além de elogios ao bilionário Elon Musk. "Até onde Alexandre de Moraes está decidido a ir para impedir que as pessoas se manifestem livremente?", questionou.

O filho do ex-presidente incitou o público a gritar "Fora Xandão", e afirmou que as manifestações de hoje têm 4 grandes defesas:

  1. Fim da perseguição de inocentes e prisões políticas;
  2. Anistia para todos os presos políticos;
  3. Encerramento dos inquéritos derivados do 'inquérito do fim do mundo';
  4. Impeachment do ministro Alexandre de Moraes por invadir as competências do Legislativo e atentar contra os direitos fundamentais e violar as cláusulas pétreas da Constituição.

"Só assim poderemos por fim a uma série de maldades que vêm sendo cometidas no nosso país em noma da democracia. A lei deve ser ferramentsa de justiça, não a espada de um psicopata", completou, agradecendo a Deus, ao pai e, em inglês, a Elon Musk.

Parlamentares atacam Moraes

Na sequência, a deputada Bia Kicis (PL) prometeu obstrução dos trabalhos na Câmara dos Deputados até o impeachment de Alexandre de Morais e a deputada Julia Zanatta (PL) comparou os atos do ministro do STF com os atos de generais nazistas na segunda guerra mundial. Outros parlamentares a discursarem foram Gustavo Gayer, Nikolas Ferreira, Magno Malta.

O foco dos discursos foram ataques a Alexandre de Moraes e no Senado, com pressão para que o presidente Rodrigo Pacheco (PSD) aja pelo impeachment do ministro do STF.

Tarcísio de Freitas

O governador São Paulo, Tarcísio de Freitas, também discursou e focou nos elogios ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Pediu alinda anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, a quem se referiu como "presos políticos".

Malafaia chama Moraes de criminoso

"Quem é o criminoso: Jair Messias Bolsonaro ou Alexandre de Moraes?", questionou o pastor, que defendeu o ex-presidente das acusações pelas quais responde na Justiça. Ele chamou Alexandre de Moraes de 'ditador de toga' e disse não haver acusações sustentáveis na lei para acusar Bolsonaro por tentativa de golpe. "Fake News vagabunda para incriminar Bolsonaro", afirmou.

O pastor afirmou que Moraes rasga a Constituição no inquérito das Fake News, assim como quando instaura censura contra manifestações populares. "Alexandre de Moraes tem que sofrer impeachment e ir para a cadeia. Lugar de criminoso é na cadeia. Eu não estou caluniando e nem difamando, mostrei os artigos da Constituição que ele rasgou", concluiu.

Bolsonaro diz que Moraes faz mais mal ao Brasil do que Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro discursou por volta das 16 horas. Ele se irritou com um carro de som que fazia oposição ao evento e pediu que fossem desligados os cabos do som do manifestante.

"Falaram para eu passar a faixa para aquele cara, mas eu não passo faixa para ladrão", cutucou o presidente Lula. Ficou emocionado ao lembrar ter sobrevivido ao atentado em que levou uma facada durante a campanha eleitoral de 2018, que completou seis anos recentemente.

Bolsonaro se disse vítima de perseguição do sistema por combater a corrupção e evitar fraudes durante seu governo (2019-2022). "Eles, para evitar que eu tivesse chance de voltar, decretaram a minha inelegibilidade. Uma das razões foi porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, como o Lula fez. Esses inquéritos, que dali derivam outros, em cima de ditas petições, deram amplos poderes a Alexandre de Moraes, que escolheu seus alvos, incluindo meu filho Eduardo Bolsonaro. Isso foi ratificado nos áudios vazados na operação conhecida como Lava Toga", discursou Bolsonaro.

 

Pediu anistia aos presos pelas manifestações de 8 de janeiro. "Só assim nós poderemos voltar a sonhar com a pacificação do nosso país", disse. Afirmou acreditar que as inegibilidades imputadas a ele serão revertidas. "O povo deve escolher seus governantes, e não algum juiz que esteja temporariamente no cargo", acrescentou.

Bolsonaro afirmou que a eleição de Donald Trump nos EUA será um recado para o Brasil e seguiu cutucando Lula, afirmando ele estar aliado a 'grandes ditaduras'.

"Esperamos que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva", concluiu.

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