Rio: Eduardo Paes ganha direito de resposta contra Alexandre Ramagem na TV
14:40 | Set. 05, 2024
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), ganhou direito de resposta na TV aberta contra o candidato Alexandre Ramagem (PL). Ramagem associou Paes ao ex-governador do Rio e condenado na Lava Jato, Sérgio Cabral. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) entendeu que a ligação entre os dois é antiga. A campanha de Ramagem recorre da decisão.
A campanha do PSD já tinha conseguido uma liminar para impedir a veiculação que dizia que Cabral era da "turma do Paes". Esse será o primeiro direito de resposta concedido na eleição carioca. Caso o TRE-RJ rejeite o recurso de Ramagem, o prefeito terá três direitos de resposta com um minuto cada, o mesmo espaço que Ramagem usou.
O juiz Leonardo Grandmasson, responsável pela decisão, considerou que a relação do prefeito e do ex-governador se baseou em "postagens antigas sem apresentar provas contundentes de tal interação nos dias atuais". Dessa forma, o juiz considerou "inadequada, descontextualizada e inverídica".
Na peça publicitária, Ramagem diz: "Eu sempre fui oposição à turma do Paes. Seria muito fácil falar que a culpa de tudo que está ruim no Rio é deles, do Lula, do Cabral, do Paes, e é mesmo. Mas se eles continuam aí após 20 anos, a culpa não é só deles. É nossa. Agora eles estão aí de novo e você vai acreditar neles de novo?".
Em agenda de campanha, Ramagem foi questionado sobre o caso e disse que as decisões contra ele estão estranhas. "Estão muito estranhas essas decisões judiciais. O meu vídeo no horário eleitoral foi derrubado por mostrar o vínculo do Eduardo Paes e do Sérgio Cabral, nós estamos recorrendo e vamos continuar fazendo vídeo mostrando a verdade".
Paes se elegeu para a prefeitura do Rio pela primeira vez em 2008, apadrinhado por Cabral, quando ambos estavam no MDB; o prefeito diz ter cortado relações com o ex-padrinho depois da sua condenação.
Nesta terça-feira, 5, outra propaganda do candidato do PL foi tirada do ar. "Tem gente que não gosta do Ramagem, a maioria deles está na cadeia", afirma o deputado federal.