Pedro Paulo desiste de ser vice de Paes para evitar exploração de suposto vídeo íntimo
No encontro, Pedro Paulo informou ao prefeito que não poderá participar do processo eleitoral porque o suposto vídeo poderia vir à tona e seria explorado por adversários durante a campanhaO deputado federal Pedro Paulo (PSD) procurou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), pré-candidato à reeleição, nesta segunda-feira, 22, e pediu que não fosse mais considerado como possível candidato a vice para as eleições municipais deste ano. A decisão do então favorito a ocupar a chapa de Paes se deve à suposta existência de um vídeo íntimo dele que poderia ser explorado durante a campanha eleitoral.
A informação foi divulgada pelo portal Agenda do Poder e confirmada pela reportagem. No encontro, Pedro Paulo informou ao prefeito que não poderá participar do processo eleitoral porque o suposto vídeo poderia vir à tona e seria explorado por adversários durante a campanha.
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Procurado, o prefeito Eduardo Paes confirma o teor do encontro com Pedro Paulo, diz que não tem nenhuma decisão tomada e que só vai se manifestar sobre o vice no momento oportuno.
O primeiro revés na campanha de Paes ocorre dois dias após o PSD confirmar o nome do prefeito à reeleição em convenção do partido no sábado, 20. Favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto e com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes só deve bater o martelo sobre o companheiro de chapa em agosto.
A alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno — a pesquisa Datafolha mais recente aponta Paes com 53% dos votos válidos — garantiu ao prefeito do Rio poder de escolha. Cortejado por PT, PSB e PDT pela vaga de vice na chapa, Paes vai estender a indefinição até o prazo de registro das candidaturas.
Pedro Paulo, então um dos mais cotados como companheiro de chapa de Paes, esteve presente na cerimônia partidária no sábado.
Não é a primeira vez que a vida pessoal de Pedro Paulo atrapalha seus planos políticos. Em 2016, candidato do MDB à Prefeitura do Rio, Pedro Paulo foi acusado de agressão contra a ex-mulher. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu pelo arquivamento da investigação após parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).