De Assis diz que ataques de Ciro são fruto de "inveja": "Não suporta ver sucesso do Camilo"
Ex-ministro Ciro Gomes esteve em palanques no Cariri, junto de representantes de siglas opositoras ao Governo do Estado, dentre elas o PLO deputado estadual De Assis Diniz voltou a comentar, nesta terça-feira, 23, sobre a presença do ex-ministro Ciro Gomes em palanques no Cariri, junto de representantes de siglas opositoras ao Governo do Estado, dentre elas o PL, de Jair Bolsonaro. O deputado criticou as ações, e elencou-as como “inveja” de Ciro ao “sucesso do senador Camilo Santana".
“É muita inveja que hoje é demonstrada pelas falas do ex-ministro Ciro, se tem uma coisa que ele não suporta é ver o sucesso do senador [eleito, hoje ministro] Camilo Santana. É inveja pura. Não tem outro sentimento que justifique. É pura inveja”, disse o deputado petista, em entrevista ao programa O POVO News 1ª Edição.
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De Assis também rebateu críticas de Ciro aos "grupos no poder no Ceará". Nas mesmas convenções no Cariri, o ex-governador disse que o “Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pelo mandonismo, há uma ditadura tentando ser construída, tirando inclusive do povo o direito de escolher suas alternativas (...) e sei que o Cariri vai se levantar contra isso.".
Segundo o deputado petista, a “ditadura” se refere a um fazer político comum no Ceará, presente em governos anteriores, incluindo o de aliados e do próprio Ciro. “Porque argumentar que o PT é isso ou aquilo, todos os partidos que governaram o Ceará tiveram a primazia de ser o principal partido do governo, foi assim com o Tasso [Jereissati]. O PSDB era o maior partido”, disse.
E completou: “Só o PT não tem esse direito? Quando era na época deles não era ditadura?”
De Assis critica Ciro: "Relação com bolsonarismo não é razoável"
O deputado ainda afirmou que qualquer relação com aliados do bolsonarismo “não é razoável”, uma vez que a “relação bolsonarista é algo muito perverso para a sociedade”. “Não é razoável que um partido com a tradição e com a militância do PDT se alinhe a uma proposta”, disse.
O deputado já havia se posicionado, também citando uma incoerência do apoio a aliados de Bolsonaro vir de um membro justamente do PDT. Segundo De Assis, o ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, um dos fundadores do PDT, Leonel Brizola reprovaria a postura e se “reviraria” no caixão.
“Primeiro, é imaginar o quanto Brizola não deve estar chutando o caixão pela sua indignação de ver todo seu esforço, de construir um partido como o PDT, ser entregue a oportunistas de plantão. A aliança com a extrema direita é injustificável”, disparou o petista ao O POVO.
Ciro presente em palanques no Cariri, junto de ex-inimigos políticos e bolsonaristas
No último sábado, 20, lideranças políticas de partidos como PDT, PL, União Brasil, PSDB, que atualmente se colocam na oposição ao governo do Estado, liderado pelo PT, estiveram nas cidades de Juazeiro do Norte e Crato para expressar seus respectivos apoios a candidatos também do campo opositor.
No Crato, Ciro Gomes (PDT) esteve com Roberto Pessoa (União Brasil), com quem acumulou episódios de desentendimentos ao longo de anos, no palanque de Dr. Aloísio (UB) que se coloca como alternativa à gestão do PT na mesma cidade. O palanque contou ainda com o PL, na figura do deputado estadual Carmelo Neto, que é ligado ao ex-presidente Bolsonaro (PL).
Em Juazeiro do Norte, na convenção que oficializou o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) como candidato à reeleição, essas lideranças também estiveram presentes. Junto a elas estavam ainda o presidente nacional interino do PDT, deputado federal André Figueiredo, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), o vice-prefeito de Fortaleza e presidente estadual do PSDB, Élcio Batista, dentre atores de outras siglas.