Moraes retira sigilo de gravação da 'Abin Paralela' no governo Bolsonaro; leia a transcrição
Ao todo já foram presos cinco suspeitos por esquema de monitoramento ilegal de autoridades e figuras públicas
17:10 | Jul. 15, 2024
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes retirou nesta segunda-feira, 15, o sigilo sobre uma gravação colhida durante a investigação de um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes atendeu a solicitação dos advogados de Richards Dyer Pozzer e Mateus de Carvalho Sposito, investigados pela Política Federal (PF) no caso. Eles pediram acesso aos autos do processo.
Na decisão do ministro do STF, ele ressalta que a divulgação parcial de trechos da gravação possui potencial de gerar notícias incompleta ou fradulentas em prejuízo à informação concreta e correta. Sendo assim ele retirou o sigilo da gravação.
O áudio em questão é uma conversa do então presidente Bolsonaro com o general Augusto Heleno, na época ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Alexandre Ramagem ex-chefe da Abin sobre uma investigação que trata de um susposto caso de rachadinha do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho de Jair.
A reunião é com duas advogadas de Flávio em 25 de agosto de 2020. De acordo com investigação da Polícia Federal, a conversa de uma hora e oito minutos foi possivelmente gravado por Ramagem.
Leia na íntegra a transcrição da gravação
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A operação da PF, Última Milha, possue como alvo aliados de Bolsonaro como o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem (PL), pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal, as ações de espionagens eram de "domínio do fato" do Ramagem.
Cinco pessoas foram presos de forma preventiva, dentre eles; Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação (Secom) de Bolsonaro, o empresário Rcihards Pozzer, o agente da PF, Marcelo Bormevet, o militar Giancarlo Rodrigues e o influenciador digital Rogério Beraldo.