Após volta em formato híbrido, Alece tem sessão suspensa por ausências

Em ano eleitoral, tem sido frequente a falta de parlamentares e sessões plenárias levantadas por baixo quórum

14:40 | Jul. 04, 2024

Por: Guilherme Gonsalves
Sessão plenária da Alece suspensa por falta de quórum (foto: José Leomar/Alece)

A sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) desta quinta-feira, 4, foi suspensa foi falta de quórum mesmo com o formato híbrido, com participação ou no Auditório Deputado Frederico Ferreira Gomes ou de forma virtual.

Com previsão de início para 9h30min, foi feita a contagem de deputados estaduais presentes por volta das 10h20min, constando apenas 12 parlamentares, número insuficiente para ter sessão. O presidente de momento, Osmar Baquit (PDT), então declarou a sessão encerrada. Estavam presentes mais deputados da oposição do que da base.

O deputado estadual Sargento Reginauro (União), um dos presentes e que faz oposição ao governador Elmano de Freitas (PT), criticou a falta de colegas. Ele chamou os que estavam de "heróis da resistência" e sinalizou que os parlamentares devem ser cobrados pelos eleitores.

"Tem aí uns dois gatos pingados pela plataforma e não teremos sessão. Mais uma quinta-feira na Assembleia Legislativa não vai haver sessão por falta de deputado. É bom para você trabalhador que vai sair às 18h hoje pegar o seu ônibus lotado? É bom para você servidor público que também tem que registrar o seu horário de entrada e saída? Pois é, mas não teremos deputados para fazer mais uma sessão. Cobre do seu deputado que não tá vindo trabalhar", disse nas redes sociais.

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Essa é a primeira vez que a sessão é levantada após começar a ser realizada no novo local. Na semana anterior, a Alece funcionou pelo formato totalmente remoto. No dia do incêndio que atingiu o Plenário 13 de Maio também não houve sessão pela falta de deputados.

Em ano eleitoral, o número de sessão levantadas tem sido expressivo, o que gera uma série de críticas dos deputados estaduais da oposição. Eles dizem se tratar de um movimento governista para impedir discussões que possam gerar crítica à gestão estadual.