Funcionários da Alece relatam que alarme não disparou no momento do incêndio

Pessoas presentes no local relataram que o sistema de alarme de incêndio não foi ouvido na Assembleia Legislativa e que as saídas principais estavam bloqueadas

Relatos sobre o incêndio que ocorreu na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na quinta-feira, 20, apontam que o alarme para detectar a existência de fogo e fumaça não tocou. O acidente começou por volta das 12 horas e uma grande quantidade de fumaça pôde ser vista do lado de dentro e de fora do prédio, que foi evacuado assim que as primeiras chamas foram detectadas.

Não houve sessão plenária pela baixa presença de deputados estaduais. O plenário 13 de Maio e outras salas foram destruídas da edificação.

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Duas pessoas ficaram feridas. Uma servidora da Casa que trabalha como auxiliar de serviços gerais chegou a desmaiar após inalar fumaça, mas foi encaminhada a um hospital. Outro ferido é um policial militar que sofreu escoriações com as chamas.

Segundo relatos ouvidos pelo O POVO de pessoas que estavam na Alece no momento do incêndio, em nenhum momento tocou o alarme de incêndio e a princípio os bombeiros não apareceram para mobilizarem as pessoas a saírem do local, partindo dos próprios funcionários sinalizando aos demais. A informação também foi dita por outros funcionários. Em pouco tempo os bombeiros da Casa chegaram.

"Não tocou alarme e também não vi os bombeiros mobilizando as pessoas a saírem, foram os próprios funcionários alarmando os outros", disse em anonimato.

Ainda de acordo com um presente no local, as pessoas estavam deixando a Alece pelas saídas principais e as catracas não estavam liberadas. "Tinha gente passando por baixo das catracas", conta. Ela também afirmou desconhecer se havia saída de emergência e que a saída do complexo das comissões da Assembleia se encontrava fechada.

Em entrevista coletiva no local, Evandro Leitão (PT), presidente da Casa, questionado sobre a sirene do alarme de incêndio ter tocado ou não, afirmou que tudo será investigado e periciado e solicitou aos órgãos para que possam dar uma resposta.

"O que eu posso dizer é que tudo isso será investigado. Nós provocamos a Polícia Civil, provocamos o Corpo de Bombeiros. A Secretaria de Segurança para nos dar resposta. Então tudo isso será investigado e na perícia que deverá estar iniciando nós teremos as respostas para todas essas interrogações existentes", declarou.

 

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