Evandro critica projeto de extinção de área ambiental e promete proteção de espaços verdes

Proposição analisada pela Cãmara Municipal de Fortaleza pode tirar um local de 11,4 hectares da Zona de Interesse Ambiental (ZIA)

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), criticou o projeto apresentado na Câmara Municipal que visa extinguir uma área ambiental de 11,4 hectares no Parque do Cocó, bairro Manuel Dias Branco, próxima à avenida Santos Dumont e à UniFanor campus Dunas.

Pelas redes sociais, o petista disse neste sábado, 8, que tem o compromisso de não tirar nenhuma área de preservação na capital cearense, caso seja eleito prefeito. Evandro ainda prometeu lutar pela ampliação de espaços verdes na Cidade.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"Fortaleza não pode ir na contramão da preservação ambiental. Diante de tantas tragédias climáticas noticiadas diariamente, propor a retirada de 11 hectares do Parque do Cocó de uma área de proteção ambiental é expor nossa população e um dos nossos patrimônios naturais ao atraso", disse na postagem.

"Queremos ampliar a proteção das nossas áreas verdes e fazer da nossa cidade um exemplo de sustentabilidade aliada ao desenvolvimento. É possível", completou.

O projeto foi enviado pelo vereador Luciano Girão (PDT), integrante da base do prefeito José Sarto (PDT), no final de maio. Atualmente, a proposição tramita na Comissão Especial do Plano Diretor.. Há menos de um mês, a Câmara aprovou duas proposições de pedetistas que excluíram áreas de proteção ambiental no Parque Rachel de Queiroz.

Luciano Girão justificou o pedido para retirar a área da classificação de interesse ambiental, por ter "perdido as características" e defendeu a interferência do poder público e ocupação do local. Ele disse ao repórter Yuri Gomes, da coluna Vertical do O POVO, que iria rever sua posição caso ficasse comprovado que haverá desmatamento

O POVO esteve na área na tarde da sexta-feira, 8, e constatou que cerca da metade dos mais de 11 hectares não são todo ou parcialmente ocupados, possuindo ainda espaços verdes no entorno. Alguns pontos, cercados por muros, apresentam mata alta e árvores de médio porte.

Ouvido pelo O POVO, o biólogo Thieres Pinto afirmou que a área em questão possui vegetação capaz de amplificar a capacidade de retenção hídrica no entorno, ou seja, impede que ocorram enxurradas e alagamentos na região. Portanto, ele aponta que modificações na zona ambiental são relevantes.

"Ali teríamos uma região de baixa taxa de ocupação e impermeabilização dos solos, o que permitiria o controle natural das enxurradas e alagamentos na região. Até mesmo para proteger o entorno das lagoas dunares que existem ali perto, também responsáveis pelo controle hídrico e pela manutenção natural do clima na região", disse.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

evandro leitao

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar