Ex-comandantes defendem general Estevam Theophilo, cearense suspeito de tentativa de golpe

Generais anexaram testemunhos escritos em processo que tramita no Supremo

Marco Antonio Freire Gomes e Júlio César Arruda, ex-comandantes do Exército, defenderam o general cearense Estevam Theophilo do envolvimento em suposta trama golpista encabeçada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme a CNN, as duas declarações, feitas por escrito, foram anexadas à ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações apontam que Theophilo seria responsável por acionar os chamados "kids pretos", que são militares das Força Especiais, a fim de garantir a realização do golpe de Estado favorárel ao ex-mandatário. Na época, o cearense era titular do Comando de Operações Terrestres (Coper).

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Em declaração voluntária, o general Freire Gomes alegou que Theophilo "sempre esteve voltado inteiramente à atividade militar" e que o então chefe do Coter se absteve de "aspectos políticos". “Seu assessoramento a este então comandante [do Exército] foi basicamente em aspectos relacionados com as atividades da caserna, abstendo-se de aspectos politicos ou assemelhados", inicia o testemunho anexado à ação no início de maio.

"Seu equilíbrio emocional e comprometimento, em bem assessorar o Comando do Exército, foram preponderantes para o sucesso das atividades operacionais que ocorreram sem maiores incidentes ao longo do período”, seguiu Freire Gomes.

Já em documento anexado ao processo no final de março, o general Arruda elogiou o ex-chefe do Coter. “Durante esse período em que estive no Comando do EB [Exército Brasileiro], o general Theophilo foi extremamente disciplinado, honesto, leal, franco e camarada comigo. Eu só tenho que agradecê-lo imensamente por ter convivido com ele e sua família por todos esses anos. Fico à disposição para mais algum esclarecimento”, declarou.

No mesmo mês, a defesa do cearense enviou declarações complementares de Theophilo. No documento, ele conta que estava assistindo televisão quando começaram os ataques do 8 de janeiro. Em seguida, afirma ter ligado para o então comandante do Exécito, general Arruda, para saber se estava acompanhando a situação. Depois, afirmou que todos os generais foram para o Comando Militar do Planalto (CMP).

Em meio à situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a troca do general Arruda pelo general Tomás Paiva no comando do Exército.

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