CPI dos aplicativos de transporte em Fortaleza deve ser instalada próxima semana, diz vereador

Comissão que investigará aplicativos de viagens e transporte de passageiros deverá ser a primeira a ser instalada após mais de um mês

10:56 | Mai. 29, 2024

Por: Guilherme Gonsalves
Márcio Martins prega cautela para lidar com empresas investigadas (foto: Reprodução: CMFor)

O vereador de Fortaleza, Márcio Martins (União), autor das três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) criadas ao mesmo tempo pela Câmara Municipal, afirmou nesta terça-feira, 28, que o presidente da Casa, Gardel Rolim (PDT) "bateu o martelo" e deve começar os trabalhos na próxima semana, dia 4 de junho.

De acordo com Márcio a primeira CPI a ser instalada é a que investigar os aplicativos de transporte de passageiros, para apurar possíveis abusos cometidos contra os trabalhadores, presidida por ele e já articula relator. A da Enel e Cagece ainda sem data prevista.

"O presidente (Gardel Rolim) bateu o martelo e disse que quer instalar na terça-feira, de hoje uma semana, que iria estar instalando já na Casa. A inicial é a dos aplicativos. Como eu fui o autor das três, os colegas me deram a oportunidade da primeira ser instalada dos aplicativos. Conversei com dois membros para serem possíveis relatores", disse ao O POVO.

"A gente precisa ter uma retaguarda técnica e jurídica para não expor a casa, os demais membros e obviamente entregar para a população a expectativa que se tem quando se fala em CPI. Que é para não dar em pizza", explicou o vereador.

Márcio Martins justificou a demora de mais de um mês, visto que as CPIs foram aprovadas pela Câmara no fim de abril, pela montagem de uma equipe capacitada tecnicamente e juridicamente para dar o suporte nas comissões.

O vereador disse até que pode vir a ser o caso de a Casa legislativa contratar escritórios em áreas específicas para garantir a retaguarda jurídica.

"Eu vou bater muito na questão da legislação trabalhista da falta de transparência das empresas de aplicativo na relação com os mais de 50 mil motoristas. A gente não tem na Casa técnicos tão qualificados na área trabalhista, a gente precisa ter especialista nisso para que a gente possa entregar um bom trabalho", explicou.