Sarto chama Acquario de 'esqueleto macabro' e diz que sonha em realizar obra para 'harmonizar orla'

Prédio foi doado para UFC neste mês de maio. Prefeito argumenta que "universidade não tem condições financeiras de fazer projeto" tendo em vista "greve por falta de pagamento de professor"

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), classificou o Acquario do Ceará como "esqueleto macabro" e afirmou que, se o Governo do Ceará der a autorização, a Prefeitura faz o projeto do equipamento doado à Universidade Federal do Ceará (UFC). O comentário foi feito em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 21, durante o anúncio da Operação Asfalto, evento realizado na Lagoa da Parangaba.

"O meu sonho era que eles dessem o Acquario para que a gente realizasse, porque... Já que a gente está concluindo a Ponte dos Ingleses, já que a gente definiu por demolir o Hotel São Pedro, harmonizar toda a orla. Nós vamos ficar com o esqueleto macabro que é aquele Acquario, que está lá se deteriorando cada vez mais", afirmou Sarto.

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O prédio onde seria construído o Acquario do Ceará foi doado oficialmente à UFC no início deste mês de maio, conforme edição do dia 3 do Diário Oficial do Estado. Situação em que o prefeito também fez ressalvas.

"O Governo passou para a Universidade Federal. A Universidade está em greve por falta de pagamento de professor, ou seja, a universidade não tem condições financeiras de fazer um projeto com o Acquario", apontou. "Se o governo der para a gente, a gente faz o projeto do Acquario", reforçou Sarto.

De acordo com a UFC, o prédio abrigará o Instituto de Ciências do Mar (Labomar), e a expectativa de funcionamento da nova sede será no primeiro semestre de 2026. Outra obra que Sarto mencionou durante o evento desta terça-feira foi a da Lagoa da Maraponga, em Fortaleza. Antes, em publicação nas redes sociais, Sarto propôs assumir o trabalho e, agora, explicou como se daria.

"A ideia, evidentemente, à semelhança do que aconteceu com a Ponte dos Ingleses, é a gente conhecer o projeto, perceber se ele se adequa ao que a comunidade propõe, já que é um projeto do Estado. A gente não tem ciência do detalhamento, né? É conhecer o projeto, discutir com o Mondubim, a Parangaba, todo o entorno com a população que aqui mora".

Em nota enviada ao O POVO, a assessoria de comunicação do Governo do Ceará informou "que a empresa responsável pela obra [na Lagoa da Maraponga] teve seu contrato rescindido após descumprimento de prazos e cláusulas contratuais".

Além disso, a Secretaria de Meio do Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e a Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP), "reavaliam a viabilidade do projeto de urbanização do equipamento, que é municipal e está dentro da Unidade de Conservação (UC) do município".

De acordo com Sarto, a Prefeitura "não tem uma obra parada". "Então, se o Governo passar para gente o projeto e autorizar, a gente pega de imediato e é precificar, licitar e executar", finalizou. 

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