Luizianne e aliados lançam novo bloco: o que muda na dinâmica do partido?

A movimentação foi uma resposta do grupo ao resultado do encontro municipal que escolheu Evandro como candidato em Fortaleza

Ausente do cenário público desde o resultado do encontro municipal que definiu Evandro Leitão (PT) para a prefeitura de Fortaleza, a deputada federal Luizianne Lins (PT) lança, nesta segunda-feira, 13, junto de outros aliados, um manifesto de novo bloco do PT em Fortaleza.

A movimentação é um resultado justamente do encontro municipal em que a deputada concorria na tentativa de voltar a disputar na Capital. Nomes ligados à deputada apontam a necessidade de uma articulação que voltar para as “raízes” da legenda.

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Durante o encontro, foram levantados questionamentos de interferências de outros partidos no processo de escolha do candidato. “Será um bloco com ações e objetivos comuns para defender as raízes fundantes do PT, pela esquerda”, ressaltou Deodato Ramalho, ex-presidente do PT e superintendente do Ibama no Ceará.

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A vice-presidente do PT Fortaleza, Liliane Araújo, ressalta que o novo bloco estabelece uma posição e dará novos rumos a parte da legenda em Fortaleza.

“A nossa intenção é criar um campo amplo que debate as questões do PT e para além disso. Queremos chamar a “sociedade civil petista” ou seja, simpatizantes, intelectuais, artistas, que não estão ou não militam no PT pq não se sentem “encaixado” em algum agrupamento”, apontou ao O POVO.

Ela explica que o grupo não será uma corrente, como geralmente se organiza o PT. A motivação será para dar mais “liberdade” para decisões coletivas. “É um campo. Com diversas correntes e lideranças. A ideia é construirmos sempre as posições unificadas enquanto bloco”, aponta.

E ressalta: “Mas não sabemos na prática como se dará isso, tendo em vista que a democracia interna do PT sempre foi e é um instrumento muito forte e respeitoso no PT”. A preferência por manter como bloco se explica também porque, segundo ela, nas corrente “poderíamos discordar na tática, mas uma vez vencida tem a adesão do grupo”.

Mesmo com as decisões descentralizadas no geral, o grupo tem como referência Luzianne. “Não existe um centralismo democrático no campo. Tudo será construído coletivamente sobre a liderança reconhecida da ex prefeita Luizianne Lins

Na prática, o grupo reorganiza delegados e outros filiados próximos de Luzianne que já vinham demonstrando incômodo com a chegada de novos nomes na legenda. O grupo mediu forças com outras lideranças durante a escolha da candidatura, entre elas José Guimarães e Camilo Santana.

Presidente do PT em Fortaleza, Guilherme Sampaio, é mais conservador quanto ao impacto na questão de correlações de forças internamente. Ele avalia não ver “alteração significativa” porque “nem todos os grupos que integraram a chapa de Luzianne participarão” do novo bloco.

“E os demais que estão discutindo essa composição já vinham se posicionando internamente de forma articulada”, apontou.

 “Penso que é saudável que as lideranças se articulem internamente. Como presidente , acho, inclusive, que isso ajuda no diálogo e na pactuação de decisões na Direção partidária”, ressaltou ainda.

Em relação a correlação de forças especificamente, pelo que fui informado, não vejo alteração significativa, a priori, haja vista que nem todos os grupos que integraram a chapa de Luzianne participarão, e que os demais que estão discutindo essa composição já vinham se posicionando internamente de forma articulada.

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