André Fernandes pede investigação de mortes de pré-candidatos do PL:"Faziam oposição ao PT"
Ambos os pré-candidatos foram mortos em circunstâncias de violência com ferimentos de arma de fogoO deputado federal André Fernandes (PL) cobrou avanços nas investigações dos assassinatos de dois pré-candidatos do PL que aconteceram durante a semana. Na terça-feira, 7, foi morto com tiros de fuzil o vereador do Crato Erasmo Moraes (PL) e, na quinta-feira, 9, o suplente de deputado estadual sargento Geilson (PL) foi morto em um frigorífico no município de Icó, a 360 quilometros de Fortaleza.
Em vídeo nas redes sociais, Fernandes aponta que ambos os alvos tinham gravado vídeos informando que sofriam ameaças e que faziam oposição a prefeitos filiados ao PT. "Políticos que faziam oposição aos prefeitos, ambos prefeitos do PT, em menos de 48 horas, dois foram executados, brutalmente assassinados", disse.
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E seguiu:"Niguém foi preso até agora, o motivo ninguém sabe, mas ele era o único vereador que fazia oposição ao prefeito que é do PT". O deputado disse que não estava "fazendo acusações", mas ressaltou diversas vezes ao longo do vídeo que tanto no Crato como em Icó são geridos por prefeitos petistas.
"Não estou aqui para fazer nenhum tipo de acusação, só que o próprio Erasmo Moraes, que era apoiador de Jair Bolsonaro, que era nosso aliado, se pronunciou na tribuna na camara de vereadores que se algo acontecesse com ele seria por questões políticas", afirmou.
Ele pediu que outros políticos do PL, especialmente de alcance nacional, se juntem para comentar o caso e trazer repercussão. "Uma apuração rápida e séria, sem politicagem. Qual foi o motivo desses assassinatos, quem mandou matar o vereador Erasmo Moraes, quem mandou matar o sargento Geilson", cobrou.
Outros nomes do PL também comentaram o caso, como o presidente do partido no Ceará, Carmelo Neto (PL). "Isso não pode ficar impune. Oficiarei todas as autoridades competentes, pedindo celeridade nas investigações. Solicitarei uma reunião com o Secretário de Segurança Pública e o
Procurador-Geral de Justiça para tratar deste assunto. Não podemos normalizar a barbárie", escreveu.
Carmelo se reuniu nesta sexta com o Procurador-Geral de Justiça, Haley Carvalho, para tratar das duas execuções envolvendo políticos ligados ao partido.
Prefeito do Crato se defendeu de acusações
Na quarta-feira, 8, o prefeito do Crato, Zé Ailton (PT) se defendeu da associação que estava sendo feita entre seu nome e com a morte do vereador. No texto, o gestor menciona diretamente o grupo da oposição do município. As manifestações, para o prefeito, tem "objetivo unicamente eleitoreiro".
"Em diversas manifestações precipitadas, maliciosas, direcionadas, com objetivo unicamente eleitoreiro, sem qualquer prova, disseminam de forma equivocada, informações falsas sobre a suposta motivação do referido crime, associando-a ao contexto político local, tentando induzir que tais fatos teriam ocorrido em virtude da atuação política do falecido suplente de Vereador", escreveu.
E lembrou sua trajetória política, incluindo sua época na Assembleia Legilativa (Alece). "Não pesa sobre minha vida, em tempo algum, nenhuma acusação de violência, diferentemente dos que tentam a todo custo me associar a este bárbaro crime, basta pesquisarem meus antecedentes, seja nas plataformas digitais dos órgãos de segurança pública ou do poder judiciário de quaisquer estados da federação", afirmou.
Atualizada às 17h50
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