Mulher tida como morta tem dados alterados em cadastro e email vira "bolsonaroeuteamo@euodeiopt"

Dentre as informações que foram alteradas estão o endereço de e-mail, que foi substituído por "bolsonaroeuteamo@euodeiopt.com" e o nome do pai dela, alterado para "Morto pelo PT".

Uma residente da cidade de Blumenau, em Santa Catarina, foi vítima de fraude após ter tido seus dados pessoais alterados para frases de caráter político no cadastro do Sistema Nacional de Regulação, do Ministério da Saúde. A mulher notou que as informações estavam erradas porque foi dada como morta e não conseguiu realizar um exame.

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O Ministério da Saúde disse que fez a correção e afastou o operador responsável pela alteração.

No último domingo, 14, a paciente procurou o Centro de Atendimento da Dengue para realizar um procedimento de hemograma. No entanto, não conseguiu realizar a consulta, visto que seu Cartão Nacional de Saúde sinalizava que ela tinha morrido em 2 de novembro de 2022.

Dentre as informações que foram alteradas estão o endereço de e-mail, que foi substituído por “bolsonaroeuteamo@euodeiopt.com” e o nome do pai dela, alterado para “Morto pelo PT”. Além disso, a raça e a etnia da mulher foram trocadas por indígena.

A defesa da vítima, Telemaco Marrace, classificou as mudanças como “aberrações” e questionou se a sua cliente seria a única vítima.

O ocorrido motivou uma investigação por parte da Secretaria de Promoção da Saúde de Blumenau, que identificou que as alterações foram feitas em Pernambuco e em Minas Gerais. A mudança foi feita no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), disponibilizado pelo Ministério da Saúde, que permite a regulação do acesso aos serviços de saúde nos estados e municípios da federação.

Na quarta-feira, 17, a pasta corrigiu os dados, normalizando a situação e revertendo o atestado de óbito. O ministério informou que um operador foi bloqueado no sistema do CadSUS e que não foram encontradas outras quebras de segurança na plataforma.

O caso foi notificado e será apurado pelas instâncias competentes, conforme informou a pasta.
O advogado da mulher afirmou que entrará com um pedido de indenização por danos morais. Ele acrescentou que a vítima ficou muito abalada com o ocorrido, principalmente pela mudança de dados relacionados ao pai da mulher.

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PT Bolsonaro dados cadastrais crime

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