CNJ afasta substituta de Moro na Lava Jato e mais três magistrados do TRF-4

Para o corregedor, Hardt avalizou a criação de uma fundação com recursos da Petrobras com base em informações incompletas e informais, transmitidas até mesmo fora dos autos pelos procuradores de Curitiba

O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, afastou do Poder Judiciário a ex-titular da 13ª Vara de Curitiba, a magistrada Gabriela Hardt, além de três magistrados que atuam no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por burlar a ordem processual, violar códigos da magistratura, prevaricar e até desrespeitar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Hardt substituiu Moro na 13ª Vara e foi responsável pela homologação do trato que possibilitou a criação da fundação privada que seria abastecida com recursos da Lava Jato e teria integrantes da força tarefa entre os gestores do dinheiro.

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Conforme informações da jornalista Daniela Lima, do Globo News, a decisão do corregedor já foi encaminhada aos demais membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e menciona que juíza discutiu previamnte decisões com integrantes da extinta força-tarefa.

Para Salomão, Hardt avalizou a criação de uma fundação com recursos da Petrobras com base em informações incompletas e informais, transmitidas até mesmo fora dos autos pelos procuradores de Curitiba.

Salomão afirma que a Lava Jato produziu feitos relevantes para a história do País, mas em dado momento descambou para a ilegalidade.

Danilo Pereira, atual juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba — antes disso auxiliar da 8ª turma do TRF-4 — e os desembargadores do TRF-4 Thompson Flores e Loraci Flores de Lima foram afastados por terem mais do que "falta de zelo" como motivação.

Salomão diz que se tentou deliberadamente burlar decisões do STF. Os magistrados alvo do CNJ chegaram a decretar prisão de investigados que já tinham tido processos em primeira instância suspensos pelo Supremo, por suspeitas de irregularidade nas investigações.

 

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