Ao menos 18 instituições federais de ensino superior entraram em greve; veja lista

Cerca de 41 das 67 entidades ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-RN) já estão mobilizadas de alguma forma para aderir à paralisação

14:23 | Abr. 15, 2024

Por: Luíza Vieira
Ao menos 18 universidades federais entraram em greve nesta segunda-feira; veja quais (foto: Pexels - Pixabay)

Com o intuito de pressionar o governo para estabelecer o reajuste salarial de 22% - divididos em três parcelas iguais de 7,06%- professores de ao menos 18 universidades federais, centros de educação tecnológica e institutos federais entraram em greve nesta segunda-feira, 15.

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Além do reajuste salarial, os professores também exigem a equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e Judiciário ainda em 2024, bem como a revogação de atos normativos elaborados em gestões anteriores que afetam a carreira dos docentes.

Cerca de 41 das 67 entidades ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) já estão mobilizadas de alguma forma para aderir à paralisação.

Conforme o cenário do sindicato, três instituições ligadas à entidade já haviam entrado em greve na semana passada. Nesta segunda, outras 18 irão paralisar as atividades. Cinco informaram indicativos de greve (com previsão de paralisação) e oito estão em estado de greve (alerta de que podem entrar em greve).

Instituições em greve em 15 abril

  • Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG);
  • Instituto Federal do Piauí (IFPI);
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
  • Universidade Federal de Brasília (UnB);
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV);
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA);
  • Universidade Federal do Ceará (UFC);
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
  • Universidade Federal do Pará (UFPA);
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR);
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
  • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
  • Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Com indicativo de greve após 15 de abril

  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ);
  • Instituto federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre,
  • Restinga, Rolante e Viamão;
  • Universidade Federal de Sergipe (UFS);
  • Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
  • Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA);

Com indicativo de greve aprovada sem data de deflagração

  • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
  • Universidade Federal do Piauí (UFPI);
  • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
  • Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE);
  • Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

Em estado de greve

  • Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD);
  • Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ);
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO);
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);
  • Universidade Federal do Pampa (Unipampa);
  • Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA);
  • Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O Ministério da Educação (MEC) informou que está “envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação” e que promoveu uma correção salarial de 9% para todos os servidores no ano passado. A previsão era de que o reajuste seria feito somente em 2025 e 2026, com alteração de apenas 4,5% em cada ano. A proposta, no entanto, foi rejeitada pelos docentes.

O governo federal apresentou, ainda, uma proposta de aumento no auxílio alimentação, que é de R$ 658, para R$ 1.000, uma alteração de 51% no valor per capita da Saúde Suplementar, levando em consideração a faixa de idade e renda do servidor, além de um reajuste no montante destinado à assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484, 90.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior alega que “o governo tentou restringir o movimento de greve ao declarar, que, durante o processo de negociação, qualquer interrupção (parcial ou total) de serviços públicos resultaria na suspensão das negociações em curso com a categoria específica".

Nota do MEC

"O MEC vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho". 

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