Presidente do partido que mais cresceu diz que Sarto "quer impor por força da caneta"

Presidente do PSD em Fortaleza, Luiz Gastão anunciou novas lideranças do partido na Câmara, que segue oposição a Sarto, chamado de "quase um tirano" pelo deputado federal. O partido foi o que mais cresceu na Câmara

Com o fim do troca-troca de vereadores na janela partidária, o PSD surpreendeu passando de dois para sete parlamentares na Câmara de Fortaleza. Nesta segunda-feira, 8, o partido anunciou o nome do líder e da vice-líder da nova e fortalecida bancada na Câmara. A tendência natural dessa atuação será uma oposição ao prefeito Sarto, chamado de “quase um tirano” pelo presidente do PSD Fortaleza, Luiz Gastão.

Os líderes da bancada na Câmara serão os vereadores Danilo Lopes e Estrela Barros, respectivamente líder e vice-líder. Enquanto Danilo deixou o Avante e é ex-líder da oposição a Sarto na Câmara, Estrela integrava a Rede Sustentabilidade e saiu da base do prefeito em março de 2023, após ter dito que “sofreu retaliações” por ter votado contra o projeto da taxa do lixo.

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Na ocasião do anúncio, o presidente municipal do PSD, Luiz Gastão criticou a gestão de Sarto, afirmando que, em sua visão pessoal, o gestor faz “danos muito maiores do que benefícios à cidade de Fortaleza”.“Essa política que o prefeito tem colocado hoje, de perseguição, de querer impor pela força da caneta da Prefeitura quem está do lado dele contra ele, nos afasta completamente de qualquer relação com ele”, declarou Gastão.

O presidente seguiu, chamado o prefeito de “tirano”, por "não respeitar as diferenças partidárias". “Acho que o ato político de você ter uma visão ideológica é uma, mas quem está na gestão tem que ouvir a todas as correntes, todos os lados, respeitar as diferenças. O prefeito não tem respeitado as diferenças e tem sido, eu diria, quase que um tirano”, afirmou.

Dentre os novos filiados ao PSD, alguns compunham a base de Sarto logo antes desse período de janela partidária. São eles: Cônsul do Povo (ex-PSDB), Bruno Mesquita (ex-PL) e Tia Francisca (ex-PL). Além destes, Eudes Bringel já havia integrado a base, mas saiu em 2023. Já Ronivaldo Maia era do PT, mas foi expulso por acusações de tentativa de feminicídio.

Com a aproximação do PSD com a base do Governo do Estado, os dois então vereadores da sigla — José Freire e PP Cell, deixaram-na em direção ao PDT.

Sobre a nova conjuntura da sigla, Gastão chamou os parlamentares de “corajosos” por “dizerem não” ao modelo de Sarto. Por fim, ele concluiu: “a possibilidade de nos aproximarmos do prefeito, eu diria que é muito distante, teria que assumir uma mea culpa e mudar seu comportamento, o que eu não acredito que ele vá fazer.”

PSD quer eleger 12 vereadores na Câmara

Ainda na ocasião do anúncio dos líderes, Luiz Gastão ainda afirmou que a meta do partido é eleger 12 parlamentares nas eleições municipais de 2024. Apesar do número alto, o parlamentar desafiou os presentes, afirmando que “acreditasse quem quisesse”.

“Quantos de vocês imaginavam que iríamos terminar esse período da janela com sete vereadores? Alguém aqui acreditava nisso? Eu digo que vamos fazer mais de 12 vereadores. Quem quiser acreditar que espere o dia 6 de outubro de conte depois, pra saber”, disse.

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