Bolsonaro nega ter dito que 'atira para matar' em quem tentar prendê-lo
Bolsonaro disse ainda que uma prisão só ocorreria em uma "possível arbitrariedade"O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter dito a um deputado aliado que vai “atirar para matar” em quem tentar prendê-lo. O ex-mandatário acrescentou ter “zero preocupação com prisão”.
Além de refutar a fala atribuída a ele, Bolsonaro disse que uma prisão só ocorreria em uma “possível arbitrariedade”. “Qual o motivo para isso?”, levantou o ex-presidente ao jornal O Globo.
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A declaração de Bolsonaro de “atirar para matar” teria ocorrido durante uma conversa com um deputado do PL, na qual o ex-presidente teria acrescentado que não aceitaria ser preso. Na matéria divulgada pelo portal Metrópoles, é alegado ainda que não seria a primeira vez que Bolsonaro teria declarado algo parecido.
Uma outra ocasião teria ocorrido em 2022, direcionada a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). As falas seriam as mesmas: atiraria em quem tentasse prendê-lo. “Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, afirmou Bolsonaro, segundo o portal.
A menção à prisão ocorre devido a uma série de inquéritos da Polícia Federal, nos quais o ex-presidente é investigado. Dentre as investigações há: uma suposta tentativa de golpe de Estado, fraude no cartão de vacinação, comercialização de presentes institucionais (joias sauditas), ataques a ministros do STF, troca do comando da PF, "milícias digitais", vazamento de documentos sigilosos de investigações e crimes apontados pelo relatório da CPI da Covid.
Como ainda não há denúncia criminal, o ex-presidente não é réu em nenhuma das apurações. Ele é réu em duas ações penais que envolvem o episódio em que disse à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que "não a estupraria porque ela não merece". Os demais casos contra o ex-presidente na Justiça são de natureza eleitoral, cível ou de improbidade administrativa.