Maracanaú: Julinho recorre a PT estadual e nacional para tentar ser candidato a prefeito
Deputado acusa diretório municipal de "manobra" e entrou com recurso. Secretário de Juventude de Maracanaú rebate acusaçõesApesar da falta de apoio do PT municipal, o deputado estadual Júlio César Filho (PT), o Julinho, briga para manter sua pré-candidatura à Prefeitura de Maracanaú - distante 23,6 km de Fortaleza. Na disputa deste ano, o diretório da sigla optou por seguir com o prefeito Roberto Pessoa (União Brasil), de olho na reeleição.
Essa escolha desagradou, em muito, Julinho, que acusou o diretório municipal de barrar filiados na deliberação executiva. Assim, o parlamentar entrou com um recurso sobre a definição, direcionado para os diretórios estadual e nacional do PT.
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“No momento, estamos esperando a decisão do recurso na instância estadual e nacional. Estamos dialogando com o presidente Antônio Filho, o Conin, e o deputado federal José Guimarães”, declarou ao O POVO, nesta terça-feira, 2.
O deputado estadual há meses defende uma candidatura petista no município, apontando críticas à gestão de Pessoa diversas vezes, nas redes sociais e em sessões da Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, o gestor "não moveu uma palha para a campanha do Lula" no segundo turno em 2022.
Secretário de Juventude de Maracanaú rebate acusações
Após o recurso, Nailton Marques, secretário da Juventude em Maracanaú, defendeu a legitimidade do processo no município. Segundo ele, as deliberações, na ocasião, circulavam em três opções: prévias, encontros ou a definição da tática.
Em todos os casos era necessário ao menos 2/3 de votos do diretório, que, na cidade, conta com 22 integrantes, sendo 17 simpáticos à gestão municipal, de acordo com Nailton. Da totalidade, 20 membros teriam participado do processo. Foi, então, determinada a última opção - definição da tática -, na qual 15 votaram pelo apoio a Pessoa.
Os contrários, ainda conforme Nailton, também não consistiam necessariamente em apoiadores de Julinho, mas em pessoas sem afinidade com o governo local. “Ou seja, se por um acaso o diretório optasse por candidatura própria não necessariamente significaria que o nome escolhido seria o do deputado”, afirmou o membro da Executiva Estadual da sigla no Ceará.
Em resposta, Julinho reafirmou que esses 2/3 de votos não foram atendidos, o que teria sido atestado por sua assessoria jurídica. Ele ainda reclama da forma como foi realizada a reunião: “Urgente, convocada de um dia para o outro, em local privado, com portas fechadas e impedindo que os filiados acompanhassem a reunião e sem que os membros do Diretório estivessem cientes da real pauta”.
Colaborou Yuri Gomes/Especial para O POVO