André Fernandes é alvo de protesto e boneco de deputado é queimado: "Grupo de criminosos"
O grupo Levante Popular da Juventude está realizando atos em frente às residências de políticos e personalidades da direita. Boneco foi queimado nesta madrugadaO deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza André Fernandes (PL) teve o escritório político, localizado na avenida Barão de Studart, vandalizado durante protesto. Boneco com o rosto do parlamentar foi queimado pelo grupo Levante Popular da Juventude, na madrugada desta segunda-feira, 1, por volta das 5h20 da manhã.
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O grupo de cerca de 20 pessoas pichou as paredes e banners do local de vermelho com a palavra "golpista". Eles também gritavam "sem anistia". Os responsáveis pelo ato estavam cobrindo os rostos e usando camisas do Levante Popular e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Confira imagens:
O movimento Levante Popular da Juventude realizou atos de vandalismo pichando o comitê do deputado federal André Fernandes com a palavra "golpista" e queimou um boneco com o seu rosto na madrugada desta segunda-feira, 1.
— Jogo Político (@jogopolitico) April 1, 2024
(Imagens: Divulgação/Levante Popular da Juventude) pic.twitter.com/aZcv9U3xaR
O grupo promoveu atos em frente às residências de políticos e personalidades da direita que, de acordo com eles, foram articuladores da tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes em Brasília. Os atos acontecem na data que marca 60 anos do Golpe Militar.
"Os alvos denunciados tiveram ligação direta com a elaboração da minuta ministerial que
tentou permitir a intervenção federal, ou cumpriram papel ativo na mobilização e difusão da
pauta nas redes sociais", diz comunicado do Levante Popular da Juventude.
Atos semelhantes ao que aconteceu no comitê de André Fernandes também foram realizados contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e os deputados federais Clarissa Tércio (PP-PE), Carlos Nicoletti (União-PR) e Silvia Waiãpi (PL-AP) e Pedro Lupion (PP-PR).
A coordenadora nacional do movimento, Amanda Primo, afirmou que André Fernandes é "herdeiro desse legado sombrio da ditadura militar no Brasil", e no Ceará cumpre o papel de "representar o que há de mais ideológico da extrema-direita no Estado" e não irá parar de denunciá-lo até que "seja responsabilizado pelos atos contra a democracia".
Ao O POVO, André afirmou não estranhar que a ação tenha sido acompanhada de cinegrafista e fotógrafo, pois, como pré-candidato a prefeito de Fortaleza, é necessário que os seus adversários produzam conteúdo visual para achacar a sua imagem, manipulando a realidade.
"É duro fazer oposição aos poderes de plantão no Paço Municipal e no Palácio da Abolição, bem como apresentar crescimento na pesquisa de intenção de votos. Sigo firme e confiante na proteção divina e apegado a certeza de que a honrosa polícia do Ceará vai identificar os responsáveis por mais esse ato de agressão à todos aqueles que represento democraticamente", disse o parlamentar.
André Fernandes também afirmou que irá tomar providências e alguns dos integrantes dos atos já foram identificados, mas ele ainda irá a delegacia registrar o Boletim de Ocorrência (BO) e soliticar a identificação de todos os envolvidos.
No Instagram, o parlamentar se referiu aos responsáveis como "grupo de criminosos" e disse que o ato de queimar o boneco configura "clara ameaça". Afirmou ainda que "se trata de movimentos ligados ao PT".
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza André Fernandes (PL) teve o comitê vandalizado em Fortaleza. Boneco com o rosto dele foi queimado por grupo de esquerda, na madrugada desta segunda-feira, 1, por volta das 5h20min. https://t.co/x5U0qZysd1 pic.twitter.com/1ZuGNh15eu
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