Chiquinho Brazão: quem é o suspeito de mandar assassinar Marielle

Preso neste domingo, 24, por ser um dos mandantes do assassinato de Marielle, Chiquinho é integrante de influente clã carioca. Saiba mais sobre o deputado

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram presos, na manhã deste domingo, 24, no Rio de Janeiro, suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes.

Influentes e polêmicos, os irmãos integram um clã familiar e têm trajetórias conturbadas na política nacional. Saiba mais sobre Chiquinho abaixo ou veja a trajetória do irmão mais novo, Domingos.

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Quem é Chiquinho Brazão: o clã familiar

O clã Brazão detém influência política em âmbito municipal, estadual e federal, com representantes em cargos na Câmara Municipal e Assembleia do Rio, além da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Chiquinho Brazão é o representante no Congresso.

As votações dos irmãos Brazão foram construídas no eleitorado dos bairros da zona oeste da capital fluminense. Antes de chegar ao Congresso, Chiquinho, aos 62, foi vereador na Câmara do Rio por 14 anos. Em 2018, foi eleito pela primeira vez deputado, e reeleito em 2022.

Quem é Chiquinho Brazão: ligação com caso Marielle

As primeiras associações da família Brazão ao caso Marielle Franco vieram à tona em 2019, quando relatório da Polícia Federal apontou Domingos Brazão como o “principal suspeito de ser autor intelectual” dos assassinatos da vereadora e do motorista.

O conselheiro do TCE sempre negou a participação no crime. Ele já havia sido denunciado pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge, em 2019, por atrapalhar a investigação, mas a Justiça do Rio rejeitou o pedido de denúncia.

Quem é Chiquinho Brazão: deputado já foi preso

Em 2017, Domingos chegou a ser preso numa operação que apurou corrupção no TCE-RJ. Ficou afastado por seis anos. De volta ao tribunal, ele ainda mantém influência política. Em eleições passadas, chegou a emprestar o sobrenome a outros candidatos sem parentesco com ele.

Em outubro do ano passado, o ex-PM Élcio Queiroz, primeiro a assumir coparticipação no assassinato, também citou o conselheiro em delação.

De 2019 a 2023, Chiquinho Brazão desembolsou R$ 200 mil de verba indenizatória da Câmara abastecendo no posto de gasolina de um sócio, a oito quilômetros do seu escritório político no Rio. No caminho até lá, o parlamentar passa por outros sete postos.

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