Pai de Gabriel Monteiro, ex-vereador preso, chama de 'covardia' fim de saidinha

O parlamentar está detido desde 2022. De acordo com o pai dele, a maioria dos apenados será prejudicada com a sanção da proposta

16:54 | Mar. 21, 2024

Por: Thays Maria Salles
Deputado Roberto Monteiro e seu filho Gabriel Monteiro, ex-vereador preso (foto: Reprodução/Instagram @robertomonteiropai)

O pai do ex-vereador Gabriel Monteiro, deputado federal Roberto Monteiro (PL), considerou uma "covardia" a aprovação do projeto que proíbe a "saidinha" de presos em datas comemorativas. O texto foi aprovado nessa quarta-feira, 20, pela Câmara Federal.

"Eu sempre fiz trabalhos em presídios, trabalhos sociais. Eu sou pai de Gabriel Monteiro e todo sábado eu estou lá em Bangu 8. E eu vejo o seguinte: que é um covardia cercear aqueles que estão privados de sua liberdade e que dentro do cárcere cumprem literalmente, como manda o figurino, tudo direitinho", ponderou.

PIADA DO DIA: os bolsonaristas, que sempre foram favoráveis ao fim da saidinha para presos, AGORA ESTÃO CHORANDO porque se deram conta de que a lei servirá para eles também. O pai do ex-vereador bolsonarista Gabriel Monteiro, que encontra-se preso, fez um discurso criticando a… pic.twitter.com/Mm1dobt641

— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) March 20, 2024

O projeto segue para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar ou vetar a proposta. Conforme o parlamentar, a medida vai prejudicar a maioria dos detentos que cumprem as saídas temporárias corretamente.

"Por causa desses malfeitores que, por uma saidinha, fazem atrocidades, barbaridades e que a mídia apresenta com muita clareza, um coletivo de 95% não pode pagar por 5% daqueles malfeitores. Então, eu torço para que essa Casa não concorde com essa situação", explicou o deputado.

Se sancionado, o texto prejudicará Gabriel, preso desde 2022. Segundo o Ministério Público, o ex-PM obrigou uma jovem a ter relações com ele depois da inauguração de uma casa noturna no Rio de Janeiro, em 2021.

Ele também é réu em cerca de três processos que estão sob sigilo de Justiça. As acusações são de peculato - desvio de dinheiro público -, falsidade ideológica, coação à testemunha e por filmar relações sexuais com uma adolescente de 15 anos.

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