Demitido policial penal que matou tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, em 2022
O crime ocorreu no contexto da eleição presidencial de 2022, em razão de divergências político-eleitorais
17:32 | Mar. 19, 2024
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski demitiu nesta terça-feira, 19, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em julho de 2022, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A pena de demissão do policial ocorreu no contexto de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para investigar a atuação do agente, então servidor da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
Conforme nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Guaranho foi demitido pelas seguintes infrações disciplinares: uso de recurso material da repartição em atividade particular; prática de ato de improbidade administrativa; e incontinência pública. Na decisão, Lewandowski interpretou que o ato violento e ofensivo à vida é inconciliável com a moralidade administrativa.
E afronta gravemente os valores institucionais da atividade policial, adicionou o ministro. Guaranho efetuou os disparos contra Arruda com a arma profissional.
Marcelo Arruda era guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Em 9 de julho de 2022, comemorava seu aniversário de 50 anos na sede de um clube associativo. A festa contava com decoração customizada com símbolos petistas.
Sem ser convidado, o agente penitenciário Jorge Guaranho, apoiador do então presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou ao local da festa em um carro branco, acompanhado de uma mulher com uma criança no colo. Ao descer do veículo, se dirigiu aos presentes dizendo aos gritos: "Aqui é Bolsonaro".
Guaranho entrou no salão portando uma pistola Taurus calibre .40 e iniciou uma discussão, por motivos políticos. Guaranho e Arruda se desentenderam e o agente penitenciário deixou o local. O autor do crime voltou 20 minutos depois e efetuou dois disparos contra o guarda municipal.
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