"É um novo tiro no pé", Bismarck sobre PDT tentar retirar seu irmão do diretório de Aracati
Ele comentou ainda que orientou o irmão a insistir pela presidência do órgão por ainda integrar os quadros do partidoO deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE) saiu em defesa do irmão, o deputado estadual Guilherme Bismarck (PDT), em relação a investidas que o PDT estaria fazendo para retira-lo da presidência do partido em Aracati.
Em entrevista ao podcast Jogo Político, nesta segunda-feira, 11, o federal avaliou que a movimentação seria um "novo tiro no pé", na esteira das divergências entre alas do partido pelo diretório estadual da legenda.
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"Ele foi notificado oficialmente sobre devolver o diretório pro PDT e abri mão do diretório no qual ele preside porque ele entrou com a carta de anuência. Tem quatro diretórios no Ceará todo e Aracati é um deles", afirmou.
Ele comentou ainda que orientou o irmão a insistir pela presidência do órgão por ainda integrar os quadros do partido. Guilherme é um dos pede na Justiça desfiliação por justa causa e usando as cartas de anuência dadas pela instância estadual na época que Cid Gomes, hoje no PSB, era presidente. "A orientação que eu dei foi enquanto ele não sair do partido ele está no partido e parece que o PDT não aprende. É um novo tiro no pé", disse.
"O PDT está ali querendo matar o deputado na unha, parece que é uma vingança e não quer deixar o deputado desenvolver um bom trabalho e ao mesmo tempo quer que ele saia", complementou.
À coluna Vertical, do O POVO, Guilherme já tinha comentando que a movimentação caracterizaria "mais um ato de perseguição” a ele. Ele relatou que tem sido notificado sobre sua produção à frente do diretório: "Você sente, no termo jurídico, que tem vias de fato de estarem querendo uma possível intervenção estadual”.
A comissão provisória do PDT no Ceará confirmou que move dois procedimentos internos que pedem a dissolução do diretório dos municípios de Aracati, que tem o deputado Guilherme Bismarck como presidente, e de Tamboril, com o deputado Jeová Mota como liderança. Conforme o presidente interino da direção estadual, Flávio Torres, o processo é movido porque a dupla faz parte do grupo de 14 parlamentares que entrou na Justiça pedindo desfliação por justa causa.
Conforme o ex-senador, ambos os deputados foram notificados e devem apresentar suas defesas, que serão julgadas em uma reunião na próxima semana. "Dissolução do diretório. Quem pediu para sair e já trabalha outro partido, não deve continuar comandando o PDT naquele município", ressaltou Torres ao O POVO.