Vereadores de Caucaia querem candidatura local e Valim deve mediar com cúpula petista
A previsão da base aliada é que o impasse seja solucionado até a próxima segunda-feira, 11 de março
21:58 | Mar. 04, 2024
A escolha do nome governista para ser o candidato a sucessor de Vitor Valim (PSB) foi adiada para a próxima segunda-feira, 11, após mais uma reunião sem entendimento entre o que querem os vereadores da base aliada e a possível costura de nomes como do secretário estadual da Articulação Política, Waldemir Catanho (PT).
A decisão de adiar a definição ocorreu durante o encontro desta segunda-feira, 4, quando o prefeito se encontrou com vereadores, titulares e suplentes. A hipótese de lançar o secretário apareceu não na gestão Valim, mas no Governo do Estado.
Seria um meio de resolver o impasse no PT, que tem hoje cinco pré-candidaturas em Fortaleza. Catanho, inclusive, se reuniu com a direção do PT de Caucaia. Os vereadores da base do prefeito no município, no entanto, têm argumentado que preferem um nome local, de Caucaia, e com proximidade tanto com o prefeito como com a Câmara Municipal.
Após o encontro, os vereadores Vanderlan Alves (sem partido), líder do prefeito no parlamento, e J Wellington (PSD) anunciaram que colocaram o nome à disposição para ser a chapa indicada por Valim. Vanderlan se desfilou do União Brasil - que vai lançar o vice-prefeito Deuzinho Filho como candidato de oposição em outubro - e projeta filiação ao PSB ou ao Republicanos, ambos partidos próximo da gestão de Elmano de Freitas (PT). Wellington também deve migrar já que o PSD lançou o ex-prefeito Naumi Amorim.
"O prefeito constrói com o Governo do Estado. Hoje estava toda a base reunida, toda unida em volta desse projeto. Estamos colocando nosso nome também nessa disputa como pré-candidatos, até próxima semana vai se decidir. Acredito que o que a base aliada quer é que, se possível, o nome seja aqui de Caucaia", ressaltou Vanderlan. O líder do prefeito apontou que 13 partidos apoiam a gestão de Valim no município, com a ampla maioria da Câmara que deve seguir junto da decisão do prefeito.
Valim deve ainda se reunir, ao longo da semana, tanto com Elmano como com o senador Camilo Santana (PT). "Muitas vezes essa discussão vai se aprofundar, mas queria pontuar que seguiremos unidos em volta desse projeto, a base aliada 100% unida", apontou.
"Ainda está faltando alinhamento com o governado Elmano de Freitas e com o senador Camilo Santana, mas acredito que logo de hoje até o fim de semana, sairá uma chapa certa, quem sabe não seja o líder do governo e eu. Se o Governo não mandar alguém, o Vitor apoiará alguém do nosso município, puro caucaiense", avaliou Wellington.
Do lado petista, a falta de entendimento também ficou com saldo da reunião. "Faltou o denominador comum, qual nome estaria nessa construção entre a base do prefeito de Caucaia com Palácio da Abolição. O impasse continua", disse a vereadora Enedina Soares (PT). Ela destacou que outros nomes, além de Catanho, são discutidos, mas o dele é o mais cotado.
O único entendimento é que a base do prefeito, o PT de Caucaia e o Palácio da Abolição vão tentar costurar um acordo para seguir junto na eleição. "E construir uma unidade que possa agregar um pacote de investimentos para o município", avaliou ainda.
Também no páreo está o presidente da Câmara, Dr. Tanilo, que foi lançado como pré-candidato pelo MDB. Ele tenta se viabilizar como o cabeça de chapa, mas descarta integrar um bloco como vice.
Outros dos nomes estavam cotados para o município como o secretário de Desenvolvimento Econômico, Samilto Filho, e a deputada Lia Gomes, ambos do PDT. A parlamentar, contudo, já retirou seu nome da disputa enquanto o titular da SDE já tinha ressaltado que não foi consultado para uma possível articulação.
Além disso, a sigla à qual são filiados também impediria a indicação, já que o PDT já lançou o ex-prefeito José Gerardo Arruda como pré-candidato.