Operação contra comércio de armas mira gerente de Lessa e Suel, presos pela morte de Marielle
Ação é desdobramento de uma outra, sobre exploração clandestina de atividades de telecomunicação, televisão e internet por uma Ronnie Lessa e Suel
Quatro homens foram presos, na manhã desta sexta-feira, 1º, em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que investiga comércio ilegal de armas e munição.
A ação é um desdobramento de uma outra, de agosto de 2023, sobre exploração clandestina de atividades de telecomunicação, televisão e internet por uma organização criminosa de Ronnie Lessa e Maxwell Simões Corrêa, o Suel.
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Lessa e Suel foram presos pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Lessa também foi condenado por contrabando de armas. As denúncias desta nova operação, no entanto, não se referem a eles.
Porém, dentre os denunciados está Welington de Oliveira Rodrigues, conhecido como "Manguaça", que gerenciava a "gatonet" de "Suel" e Lessa. Ele já se encontra detido desde 4 de agosto do ano passado pela instalação de sinal de internet e TV clandestinas.
Ao todo, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) denunciou cinco pessoas nesta nova operação, denominada Operação Rede. Nos endereços delas, foram cumpridos cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão.
A “Rede” partiu de provas e apreensões da Operação Jammer, que investigava o esquema de "gatonet". Na investigação, o MPRJ descobriu novos integrantes da organização criminosa de Suel e Lessa, além de provas de novos crimes: o comércio de armas de fogo de uso restrito.
Ronnie Lessa e Suel foram presos pela morte de Marielle e Anderson
Ronnie Lessa é ex-policial e foi apontado como autor dos disparos de arma de fogo que mataram a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Ele foi preso no mesmo mês e condenado em 2021.
Seu envolvimento surgiu após uma delação de Élcio Queiroz, motorista do veículo utilizado no ataque. Lessa, por sua vez também fez o acordo de colaboração anos depois.
Maxwell Simões Corrêa, o Suel, é ex-bombeiro e teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxwell atuou dando "apoio logístico de integração" aos demais envolvidos. Ele também teria ajudado na ocultação de provas.