Metade dos brasileiros considera que prisão de Bolsonaro seria justa; 39% apontam perseguição
Apontamentos são da Genial/Quaest, coletados no dia e após o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida PaulistaA possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é considerada justa por 50% dos brasileiros. Em comparação, 39% alegam que seria “injusta” e 10% não souberam ou não quiseram responder. Ex-presidente é investigado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado.
Os apontamentos partiram da pesquisa Genial/Quaest, coletada entre 25 e 27 de fevereiro, ou seja, no dia e após o ato do ex-presidente, na Avenida Paulista com milhares de apoiadores. Foram entrevistados 2.000 eleitores brasileiros, de esquerda e de direita. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
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Segundo o levantamento, 39% das pessoas alega haver perseguição da Justiça com Bolsonaro, no âmbito da investigação. 53% não enxergam essa situação e 7% não responderam.
Esse questionamento, em específico, parte de uma tese do próprio Bolsonaro e de seus apoiadores. No ato, ele reforçou várias vezes que “leva pancada” desde antes de ter assumido a Presidência, em 2019. “Passei quatro anos perseguidos como presidente e essa perseguição aumentou sua força quando deixei a presidência”, disse.
Maioria acha que Bolsonaro esteve envolvido em trama golpista e considera justa inelegibilidade
Sobre a investigação, 47% dos entrevistados considera que, sim, Bolsonaro participou de um plano de golpe de Estado. 40% acham que não e 13% não responderam.
Os resultados dessa pergunta também foram divulgados de forma mais específica: entre os que votaram em Bolsonaro ou no presidente Lula, em 2022.
Com essa divisão, foi revelado que 83% dos bolsonaristas não acham que o ex-presidente esteve envolvido em um golpe, contra 9% que acreditam que sim. Já entre os eleitores de Lula, 77% acreditam que Bolsonaro participou do plano golpista, contra 12% que não enxergam dessa forma.
A pesquisa ainda questionou sobre a inelegibilidade de Bolsonaro, que não pode concorrer a cargos até 2030, por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Dos entrevistados, 51% consideraram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acertou ao tomar essa decisão. 40% pensam o contrário e 10% não responderam.
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