Bolsonaro reúne apoiadores na Av. Paulista em meio a denúncias de golpe
Ex-presidente convocou ato para se "defender de todas as acusações imputadas" e é alvo da PF sobre tentativa de golpe
05:00 | Fev. 25, 2024
O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que reunirá apoiadores, parlamentares e lideranças, acontece neste domingo, 25, na Avenida Paulista em São Paulo, com início previsto para 15 horas.
O evento contará com dois trios elétricos e tem expectativa de presença de quatro governadores, 11 senadores e mais centenas de deputados federais e estaduais, além de outros aliados. O custo do ato está estimado entre R$ 90 mil e R$ 100 mil.
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O início será marcado por uma oração de Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama. Previsto para durar 1h30min, discursarão os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), os senadores Magno Malta (PL-ES) e Rogério Marinho (PL-RN). Finalizam a manifestação o pastor Silas Malafaia e Bolsonaro. Cada um deve falar cinco minutos, Malafaia dez e o ex-presidente sem limite.
A movimentação foi divulgada e promovida por Bolsonaro e aliados por duas semanas e ocorre em meio a investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma trama golpista em que supostamente o ex-presidente teria se organizado com o alto comando militar e ministros e dado o aval para decretar o estado de sítio no País.
Em vídeo de convocação para o ato, Bolsonaro disse que o evento é para se defender “de todas as acusações imputadas” a ele “nos últimos meses”. O ex-presidente prestou depoimento à PF na quinta-feira, 22, sobre as investigações. Durou quatro minutos, e ele ficou em silêncio.
Bolsonaro também disse que o ato na Paulista será pacífico e em defesa do “Estado democrático de direito”. Além disso, pede que os apoiadores usem verde e amarelo e não levem cartazes ou faixas “contra quem quer que seja”.
Operação da PF atinge Bolsonaro e aliados
A investigação "tempus veritatis" da PF investiga uma tentativa de golpe e fraudes nas eleições.O ex-presidente e aliados são investigados por instigarem um golpe de Estado, chegando à construção de uma minuta com teor golpista, alterada e aprovada por Bolsonaro, então presidente em 2022.
Ao longo das investigações, quatro aliados do ex-presidente já foram presos, o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, o tenente-coronel Rafael Martins e os coronéis Corrêa Netto e Marcelo Câmara.