Eleições 2024: Psol oficializa Tecio Nunes como pré-candidato a prefeito de Fortaleza

Foram dez votos a favor da indicação de Tecio, quatro votos contrários e uma abstenção. O pré-candidato do Psol defendeu um processo de "empoderamento das periferias"

O Psol definiu, na manhã deste sábado, 24, o nome que representará a pré-candidatura da sigla nas eleições de 2024 em Fortaleza. Trata-se do produtor cultural Tecio Nunes. A definição ocorreu durante reunião da executiva municipal do Psol.

Foram dez votos a favor da indicação de Tecio, quatro votos contrários e uma abstenção. O evento partidário ocorreu em um salão do Hotel Amuarama, localizado no Bairro de Fátima, na Capital.

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Tecio foi eleito presidente do Psol Fortaleza há cerca de um mês e já havia se colocado como um dos postulantes à posição. Ele é ligado a um grupo que tem nomes como o presidente do Psol Ceará, Alexandre Uchôa, e a secretária da Juventude do Ceará, Adelita Monteiro (Psol).

A outra pré-candidata era a professora Maya Elis, mulher trans e militante do coletivo "Rua". Ela era apoiada pelo grupo do deputado estadual Renato Roseno (Psol).

“Nossa tarefa é fazer uma disputa qualificada e política a partir de um processo de empoderamento das periferias. Que construa uma lógica de gestão que traga a periferia para o centro do debate. A atual gestão fala que a periferia tem o coração da prefeitura, mas a realidade aponta que se isso é verdade, esse coração está doente”, destacou.

Tecio destacou que os mandatos do Psol no Legislativo têm essa “pegada” de defesa da população periférica e defendeu um debate mais programático para a Capital. Sobre a disputa interna no Psol, explicou que é tradição do partido discutir os rumos e que houve cuidado para garantir uma união antes da definição que o alçou à pré-candidato.

“No Psol não tem a lógica de dono de partido, passamos por muitos debates. Congresso, convenção municipal, plenárias de base na periferia e aí tivemos dois nomes colocados. A companheira Maya, mulher, trans, professora, que seria também muito simbólica, e o meu que carrega a perspectiva periférica, negra. Entre esses nomes, qualquer um compreenderia bem a tarefa do Psol. Fui escolhido e me sinto honrado pela tarefa”.

E seguiu: “Hoje a gente saiu unido, esse era o nosso principal cuidado, inclusive, de sair unido para enfrentar os desafios que vem pela frente”, concluiu o pré-candidato. Já o presidente estadual da legenda, Alexandre Uchôa, destacou que a escolha do nome é um primeiro passo num processo longo de definições e estratégias até a eleição.

“É um passo inicial, depois de convenção, diálogo com bases, daqui para frente é começar a buscar apoio, de partidos, dos movimentos sociais. A gente entende que Fortaleza tem discutido muito os nomes e pouco as propostas. A proposta é trazer mais essa perspectiva à esquerda para esse debate de cidade e debater o programa. Começar a propor”, disse.

Costura com aliados

No âmbito estadual, o Psol compõe a base do governo Elmano de Freitas (PT), ocupando a cabeça da Secretaria da Juventude, com Adelita Monteiro. O governo do Estado deverá lançar candidatura própria para disputar em Fortaleza. Questionado sobre como amarrar essa costura com aliados, para definir rumos e apoios, Uchoa explicou a tática.

“Hoje, sim, somos um partido com definição a nível nacional de apoiar governos que compuseram a frente ampla para derrotar o fascismo. Mas o partido tem uma definição também de autonomia. Fazemos a composição, mas temos autonomia. Nunca foi cobrado de nós, por parte do governo, nenhum processo de garantia dessa composição nesse nível. O Psol desde o início martela que precisamos debater programa. E temos independência e autonomia de fazer esse debate. E se necessário ir até o fim com a candidatura”, destacou.

Questionado se há possibilidade de retirada da candidatura em algum momento, Alexandre não descartou a possibilidade, embora tenha reforçado a intenção de seguir até o final.

“Hoje, o que está colocado é que ela (a candidatura) vai até o fim. Não existe processo de vacilação. Mas também é colocado que a política é muito dinâmica. A gente sai com a firmeza de uma candidatura que vai até o fim, mas a dinâmica da política também dita um pouco os rumos. O Psol tem a necessidade de se firmar e é muito necessário que isso aconteça. A dinâmica política, hoje, está muito ao centro/direita. Tem muitas pautas importantes que não estão dentro do projeto de poder colocado hoje”, conclui.

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