Calado em depoimento à PF, Bolsonaro já defendeu tortura de quem ficasse em silêncio em CPI; veja

O ex-presidente ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal, que investiga suposto golpe de Estado e tem Bolsonaro como alvo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já defendeu tortura para um depoente que permaneceu calado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). À época deputado federal, Bolsonaro atacou o economista Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central, que se recusou a depor como testemunha na CPI dos Bancos em 1999.

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"Dá porrada no Chico Lopes. Eu até sou favorável que a CPI, no caso do Chico Lopes, tivesse pau de arara lá. Ele merecia isso: pau de arara. Funciona! Eu sou favorável à tortura, tu sabe disso. E o povo é favorável a isso também", contou em entrevista ao programa Câmara Aberta, da TV Bandeirantes.

Alvo de operação da Polícia Federal (PF) que investiga tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro se valeu do direito de permanecer em silêncio durante seu depoimento.

De acordo com os advogados do ex-chefe do Executivo brasileiro, isso aconteceu porque a defesa não teve acesso à íntegra dos autos da investigação.

“A falta de acesso a esses documentos, especialmente as declarações do tenente coronel Mauro Cid, e as mídias eletrônicas obtidas dos telefones celulares de terceiros e computadores, impedem que a defesa tenha o mínimo conhecimento por quais elementos o presidente é hoje convocado a esse depoimento” destacou Paulo Bueno, advogado de Bolsonaro.

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