Secretário acha prematuro falar que facções atuam em eleições, mas inteligências investigam

Último sábado, 17, foi o dia mais violento no Ceará desde 2020, com 22 assassinatos. Entre eles, o de um secretário municipal de Aracoioaba

O secretário da Segurança no Ceará, Samuel Elanio, afirmou nesta quarta-feira, 21, que a pasta tem feito um trabalho de inteligência para coibir a presença de membros de facções criminosas nas prefeituras. A ação também visa evitar a influência dos grupos criminosos nas eleições municipais que acontecem em outubro deste ano.

Entretanto, o secretário acha prematuro afirmar que faccionados estejam se infiltrando no processo eleitoral do Estado. 

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"Está sendo feito um trabalho pelas inteligências no que se refere aos grupos criminosos e aos pleitos eleitorais desse ano. O que foi ventilado na imprensa não condiz com informações atuais, são antigas", disse em evento. "É muito prematuro falar que existe o ingresso de membros de grupos criminosos nas eleições, mas as inteligências estão trabalhando", garantiu.

Nesta quarta-feira, aconteceu a abertura de aula inaugural para quase 1.400 novos profissionais da segurança pública do Ceará.

Elânio citou que ações para diminuição da atuação das facções têm sido feitas em conjunto com outras pastas. A fala acontece após a ocorrência de duas cachinas no mesmo dia, no último sábado, 17, o dia com mais assassinatos registrados no Ceará desde 2020. Ao todo, foram 22 homicídios. Um dos mortos foi um secretário municipal da prefeitura de Aracoiaba

"Em outras pastas, outras ações por parte das secretarias tem que entrar dentro do sistema em conjunto com a SSPDS para que tenhamos cada vez mais crianças e adolescentes afastados da criminalidade. Segurança não se faz somente com policiais, mas com atuação de outras pastas e esse foi o entendimento do governador quando ele planejou as reuniões no início do ano", disse ainda o secretário. 

Na semana passada, o jornal Estadão lançou reportagem que afirmava que ações de criminosos foram detectada em investigações de diversos estados, incluindo o Ceará. A atuação aconteceria de olho na oportunidade de obter novos lucros e lavar dinheiro do tráfico de drogas em atividades lícitas. Por isso, os grupos estariam trabalhando para apoiar candidatos a vereadores e a prefeitos. 

O material cita que no Ceará e na Bahia, membros do Comando Vermelho e milicianos "montaram organizações" para atuar pela eleição de vereadores e influenciar a política em municípios por meio de contratos milionários com o poder público. 

Colaborou Ludmyla Barros/Especial para O POVO

 

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